12 sinais de que você é um cripto maníaco e nem percebeu

12 sinais de que você é um cripto maníaco e nem percebeu
Imagem destaque: ChatGPT

Vamos ser honestos: nem toda obsessão nasce igual. Algumas pessoas colecionam selos, outras tricotam suéteres para gatos, e então tem você (talvez eu também) cripto maníaco — por aí, otimizando taxas de transação como se fosse o chefão final de um videogame. Mas como saber se você cruzou a linha entre “interessado em cripto” e um verdadeiro devoto da blockchain, obcecado por gráficos e adorador de Satoshi Nakamoto?

Não tema. Como uma redatora com um relacionamento tóxico com a volatilidade do mercado e conhecimento íntimo de tempos de bloco, desenvolvi uma ferramenta “totalmente científica” disfarçada de lista que vai te ajudar a responder.

1. Seus sonhos são gráficos de velas

Enquanto outras pessoas sonham que estão voando ou conhecendo a Beyoncé, você sonha com velas verdes e vermelhas. Suportes e resistências assombram seu sono REM. Já acordou gritando “BREAKOUT!” e seu parceiro foi dormir na sala. Volatilidade é sua canção de ninar. Terapia? Por favor. Tudo que você precisa é RSI abaixo de 30 e um bom cruzamento de MACD.

2. Você deu o nome de Vitalik ao seu gato

Enquanto as pessoas normais escolhem nomes como Max ou Bella, você escolheu “Vitalik Pupterin”. E sim, ele só come ração orgânica comprada com cashback em cripto. Ponto extra se você o ensinou a sentar usando um smart contract.

Aqui eu confesso que fui vencida. Afinal, tenho três jabutis que se chamam: Bitcoin, Cardano e Altcoin.

3. Você reage mais rápido a tweets do Elon Musk do que a alertas de emergência

Alerta de tornado? Para. Mas Elon tuita “Dogecoin to the moon”? Você já vendeu o sofá e comprou. Ativou notificações para um homem que se autodenomina Dogefather. Seu celular apita mais para o X do que para a Defesa Civil. Enfim… Prioridades.

4. Você usa “HODL” em conversas que nem são sobre cripto

Sua amiga: “Acho que vou terminar com ele.” Você: “HODL, amiga. Espera o dip”. Você fala isso no mercado, em discussões, até quando alguém espirra. HODL transcendeu o cripto — virou sua filosofia de vida. O Dalai Lama que lute.

5. Você já considerou tatuar sua carteira

E não em qualquer lugar. Pensou seriamente em codificá-la em QR code na coxa ou escondê-la como escrita élfica nas costas. Só está esperando uma carteira biométrica que aceite tatuagens. Segurança? Sim. Arrependimento? Claro.

Também fui vencida aqui com nove tatuagens de criptomoedas, sendo que uma delas é de um bitcoin na testa. Nessa fase, só tenho um arrependimento: a tatuagem que fiz da shitcoin Dash no meu braço direito (eu ainda era uma jovem nesse mercado, não me julgue tanto assim).

6. Você tem mais carteiras na Metamask do que pares de meias

Sua vida está segmentada entre “carteira principal”, “carteira de airdrops”, “carteira DeFi suspeita” e “carteira que uso pra fingir que tô sem dinheiro”. Se o navegador trava, sua identidade também. A única coisa mais fragmentada que seus ativos digitais é sua noção de normalidade.

Nessa, acredito que todos nós caímos. Afinal, não somos novatos para usar nossa carteira principal nos airdrops duvidosos que participamos.

7. Você comemora bull runs como feriados nacionais

Quando o Bitcoin atinge uma nova alta, você estoura champanhe como se tivesse ganhado um Nobel. Usou smoking quando o Ethereum passou dos US$ 4 mil. Tem uma playlist chamada “Hinos da Alt Season” e sim, inclui “Pump Up the Jam”.

Quem mais aí comemora os 100K do BTC como se tivesse 10 bitcoins na carteira?

8. Você diz “isso não é conselho financeiro” mais que “olá”

Nem recomendação de pizza você faz sem disclaimer. “Sugiro pepperoni — mas isso não é conselho culinário.” Suas conversas são compatíveis com a SEC. Seu perfil no app de namoro tem “DYOR” em hobbies.

9. Sua rotina matinal tem mais gráficos que cafeína

Antes de escovar os dentes, você checa a dominância do BTC. Não sabe sua pressão arterial, mas conhece o preço do gas do Ethereum. Sua escova de dentes é automatizada, mas seus trades são manuais — porque você não confia em ninguém. Nem em bots.

10. Você explica blockchain com entusiasmo inabalável (e não solicitado) nas reuniões de família

Tia Marlene: “Passa o purê.” Você: “Claro, mas já pensou como os registros descentralizados podem revolucionar as cadeias logísticas? Tipo saber exatamente de onde veio cada batata do seu purê, com rastreabilidade nível FBI… porque, convenhamos, ninguém quer comer uma batata de procedência duvidosa.” Você já assustou crianças. O cachorro te evita. Seu tio investiu em Litecoin só pra você calar a boca.

Eu juro que tento não ser esse tipo de ser humano, mas é tão difícil…

11. Seu “portfólio diversificado” é só criptos diferentes

Bitcoin. Ethereum. Solana. Doge. Pepe. BananaCoin. Sua ideia de diversificação é tipo encher a geladeira com 12 marcas de molho de pimenta. Gerenciamento de risco? Por favor. Você é um sommelier do risco.

Cadê minha taça de vinho mesmo?

12. Você julga silenciosamente quem ainda usa dinheiro físico

Dinheiro em papel te causa repulsa. Alguém paga em espécie e você murmura “peão do TradFi”. Tentou dar gorjeta em DOGE e ficou bravo porque o barista não tinha carteira.

Aaah, gente… vamos combinar que dinheiro de papel não dá, né?

Conclusão:

Se você se identificou com cinco ou mais desses sinais, parabéns — você é um cripto maníaco. Mas não se sinta mal. Você está apenas evoluindo. Enquanto o resto do mundo se preocupa com inflação e bancos centralizados, você transcendeu para um reino de taxas de gas, backups de ledgers e debates filosóficos sobre proof-of-stake.

O mundo pode não te entender — mas sejamos sinceros: eles ainda imprimem dinheiro e confiam em políticos. Você? Você leu o whitepaper do Bitcoin por diversão. Claramente, é superior.

Agora me dê licença — preciso rebalancear meu portfólio. Isso não é conselho financeiro.

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