A Solana vem se consolidando como uma das redes mais rápidas e acessíveis do universo cripto — e também como solo fértil para inovações em staking, alavancagem e novas formas de obter rendimento.
Entre os destaques, três protocolos vêm ganhando atenção por oferecer abordagens alternativas ao tradicional “deixar parado e torcer por valorização”.
Neste artigo, você verá três plataformas que permitem gerar yield na rede Solana de maneiras criativas.
🔁 1. Hylo: stablecoin com alavancagem embutida
Hylo é um protocolo dual que oferece uma stablecoin lastreada (hyUSD) e um ativo alavancado (xSOL), ambos operando sobre depósitos de tokens de staking líquido de SOL, como mSOL e jitoSOL.
Tokens do ecossistema:
- hyUSD: stablecoin atrelada ao dólar, colateralizada por LSTs de SOL.
- xSOL: token com exposição alavancada ao preço do SOL, sem risco de liquidação.
Como o design funciona:
O usuário deposita LSTs no protocolo e pode emitir hyUSD. Esses ativos ficam num vault compartilhado. Quando o preço do SOL oscila, o valor desse vault é redistribuído: se o SOL sobe, o xSOL captura ganhos alavancados, enquanto o hyUSD preserva o peg. Se cai, o xSOL absorve prejuízo — mas ninguém é liquidado, pois o reequilíbrio é interno.
Situação atual:
Hylo está em fase beta, com contrato aberto e documentação pública. Ainda não foi auditado formalmente, mas já integra carteiras como Backpack e atua com parceiros do ecossistema Solana.
Por que chama atenção:
Permite alavancagem em SOL sem risco de liquidação, com estrutura de rebalanceamento automático e stablecoin colateralizada em ativos com rendimento nativo.
Vantagens:
- Rendimento via LSTs.
- Alavancagem sem necessidade de manter margens.
- Design transparente on-chain.
Desvantagens:
- Complexidade para iniciantes.
- Em fase beta, sem auditoria completa.
- Peg do hyUSD pode ser testado em momentos de estresse.
Vale usar?
Sim, para usuários experientes que desejam exposição passiva com potencial de ganhos maiores em SOL. Para quem busca segurança absoluta, o beta ainda exige cautela.
🐟 2. DefiTuna: alavancagem com liquidez concentrada
O que é:
DefiTuna é um protocolo de liquidez concentrada alavancada, permitindo que usuários façam provisão de liquidez com estratégias long, short ou neutras em pools de Solana, tudo com controle de risco e opções de stop-loss.
Tokens do ecossistema:
O protocolo opera diretamente com tokens de liquidez dos pares da Solana (como SOL/USDC), mas também oferece um sistema interno de lending que remunera quem empresta tokens usados na alavancagem dos LPs.
Como o design funciona:
Usuários escolhem um par, definem a faixa de preços (liquidez concentrada) e escolhem usar ou não alavancagem. O protocolo empresta automaticamente a parcela adicional, cobrando taxa e executando ordens de forma automatizada conforme as regras definidas.
Situação atual:
DefiTuna está ativo e funcionando com capital real. Já recebeu aportes de fundos como Orca, SOLBigBrain e Voshy. Também passou por auditorias e conduz análises periódicas. Ganhou destaque em 2025 após cortar laços com fundos associados a manipulação de memecoins, reforçando uma postura ética.
Por que chama atenção:
É uma das únicas plataformas em Solana que permite liquidez concentrada com alavancagem, recurso comum em Ethereum. Atrai usuários avançados e provedores de liquidez mais técnicos.
Vantagens:
- Controle completo da posição alavancada.
- Compatível com principais tokens da Solana.
- Oferece lending com bom retorno.
Desvantagens:
- Mais complexo que AMMs padrão.
- Exige conhecimento técnico para evitar perdas.
- Histórico recente de controvérsias envolvendo parceiros.
Vale usar?
Sim, para quem entende o funcionamento de pools concentrados e deseja maximizar ganhos com alavancagem controlada. Não é recomendado para iniciantes.
🪙 3. btcSOL: stake SOL, receba BTC
O que é:
btcSOL é um protocolo que permite fazer staking de SOL (ou LSTs como mSOL) e receber o rendimento acumulado em forma de bitcoin, via um ativo sintético chamado zBTC.
Tokens do ecossistema:
- btcSOL: token que representa sua posição no protocolo (SOL + rendimento em BTC).
- zBTC: ativo sintético que simula Bitcoin na rede Solana.
Como o design funciona:
Você deposita SOL ou mSOL, que são utilizados em staking via Marinade. O rendimento diário em SOL é convertido automaticamente em zBTC, creditado à sua posição. O usuário pode queimar seu btcSOL a qualquer momento e resgatar a quantidade original de SOL mais o BTC acumulado.
Situação atual:
Projeto lançado em Q2 de 2025, com whitelist aberta. Ainda está em fase de crescimento e não passou por auditorias independentes. A liquidez do token btcSOL é limitada, o que exige atenção ao operar.
Por que chama atenção:
É uma maneira única de acumular bitcoin passivamente sem vender SOL. Usa a lógica de “restaking com conversão de yield” de forma automatizada, misturando dois dos ativos mais desejados do mercado: SOL e BTC.
Vantagens:
- Rendimento em bitcoin sem sair da Solana.
- Totalmente passivo após o depósito.
- Usa LSTs, mantendo eficiência de capital.
Desvantagens:
- Projeto novo, sem auditoria.
- Token btcSOL ainda pouco negociado.
- Conversão automática pode ser afetada por taxas ou slippage.
Vale usar?
Para quem já faz staking de SOL e quer diversificar o rendimento em BTC, é uma proposta atraente. Mas como o protocolo é novo e sem auditoria, o uso deve ser cauteloso e com valores pequenos até maior maturidade.
Seja qual for sua escolha, vale lembrar: não existe rendimento sem risco. Todas essas plataformas inovam em mecanismos de yield, mas exigem atenção com segurança, liquidez e integridade técnica. Sempre comece com pouco, acompanhe o desempenho e verifique canais oficiais para atualizações.
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