A Ethereum Foundation (EF) está passando por uma transformação em sua gestão financeira, com foco em maior transparência, sustentação a longo prazo e envolvimento com o ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi).
Em comunicado publicado ontem, 4 de junho, a diretora Hsiao-Wei Wang disse que, com os níveis atuais de gastos, a EF possui uma reserva suficiente para 2,5 anos de operações.
A nova política também projeta a redução gradativa dos gastos, passando de um teto de 15% ao ano para uma meta de 5% nos próximos cinco anos.
Com isso, a entidade implementou uma política de tesouraria mais rigorosa, atrelando os custos operacionais às reservas em ETH e prevendo ajustes periódicos com base na volatilidade do mercado.
O objetivo é evitar vendas inesperadas de Ethereum, como as ocorridas no final de 2024 e início de 2025, que geraram desconfiança entre membros da comunidade da principal altcoin do mercado. Para lidar com essa questão, a Ethereum Foundation começará a publicar relatórios trimestrais e anuais detalhando as reservas, as alocações e o desempenho dos investimentos.
Participação ativa em DeFi
A EF começou a empregar parte de sua tesouraria em protocolos DeFi. Para exemplificar, 45 mil ETH, equivalente a US$ 120 milhões, foram alocados na Aave, Compound e Spark.
A meta da fundação é gerar rendimento sustentável com staking, empréstimos e fornecimento de liquidez, dentro de um framework chamado “Defipunk”, que prioriza segurança, imutabilidade, descentralização e código aberto.
Essa mudança busca também responder às críticas de desenvolvedores no universo DeFi, como Kain Warwick, que acusavam a EF de negligenciar o apoio direto à inovação nos protocolos da rede.
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