A SpaceX, empresa privada de exploração espacial liderada por Elon Musk, espera atingir US$ 15,5 bilhões em receita no ano de 2025. A projeção é um salto em relação ao faturamento estimado de 2024, que ficou entre US$ 11 e US$ 13 bilhões.
O próprio Musk divulgou os números em sua conta na rede social X, ressaltando que, em 2026, a receita comercial da SpaceX proveniente de operações espaciais pode ultrapassar todo o orçamento anual da NASA. Para efeito de comparação, apenas em contratos com a agência espacial estadunidense, a SpaceX deve faturar US$ 1,1 bilhão em 2025.
Dois pilares: lançamentos e Starlink
A maior parte da receita da empresa vem de duas frentes: os serviços de lançamento e a Starlink, sua divisão de internet via satélite. Esta última alcançou, em fevereiro, a marca de 5 milhões de clientes ao redor do mundo, dobrando sua base de assinantes em relação a 2023. Musk já afirmou que planeja abrir o capital da Starlink assim que a previsibilidade do fluxo de caixa permitir, mas ainda não há data definida.
Em termos de lançamentos, a SpaceX realizou 134 missões em 2024 e pretende chegar a 170 em 2025. Somente nos primeiros meses deste ano, a empresa já completou 62 lançamentos. A maioria deles foi com foguetes Falcon 9, utilizados para colocar em órbita satélites comerciais, cargas governamentais e suprimentos para a NASA.
A reutilização dos foguetes tem sido um diferencial importante, permitindo à SpaceX dominar boa parte do mercado global de lançamentos. Ainda assim, a concorrência vem crescendo, com avanços da Blue Origin e de agências espaciais internacionais.
Investimento no futuro interplanetário
Grande parte da receita da SpaceX está sendo reinvestida no programa Starship, considerado por Musk como a chave para a expansão interplanetária da humanidade. O objetivo é colonizar Marte. Cada lançamento da Starship custa atualmente US$ 100 milhões, mas Musk espera reduzir esse valor para US$ 10 milhões.
Apesar dos avanços, a Starship ainda não teve uma missão totalmente bem-sucedida. No quarto voo de teste integrado, realizado em 6 de junho de 2024, o foguete foi lançado do Starbase, no Texas, e alcançou uma altitude de 200 km e atingiu uma velocidade orbital de 27 mil km/h (7,5 km/s), valores típicos para um voo suborbital com intenção de simular uma missão orbital completa.
A meta era completar uma volta quase completa ao redor da Terra e realizar um pouso controlado no Oceano Índico. A nave conseguiu realizar a separação dos estágios, passar pela reentrada atmosférica e manter comunicação até os últimos instantes antes do pouso, mas acabou perdendo o controle segundos antes da descida final.
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