Junho tem sido um mês historicamente ruim para o bitcoin (BTC) e demais criptomoedas, e 2025 parece manter essa tendência.
Segundo a 10x Research, o desempenho médio do BTC neste período, ao longo da última década, foi de 1,9%, com resultados divididos igualmente entre meses positivos e negativos.
No entanto, o panorama atual é de fraqueza, agravado pela desaceleração dos aportes em ETFs spot de Bitcoin nos Estados Unidos.
O Ethereum (ETH) tem mostrado ainda mais dificuldade em junho, com alta registrada em apenas dois dos últimos sete anos, acumulando uma média de queda de 11,7%.
A SoSoValue apontou que os ETFs spot de Bitcoin viram entradas líquidas em apenas dois dos últimos cinco pregões. Na quarta-feira, os aportes somaram US$ 87 milhões, uma forte queda em relação aos US$ 387 milhões registrados na terça-feira. Os ETFs spot de Ethereum também perderam força, com entradas reduzidas a US$ 57 milhões, o nível mais baixo desde maio.
Apesar disso, há algumas vozes otimistas no mercado. A QCP Capital, por exemplo, acredita que, embora haja uma desaceleração típica do verão, há fundamentos positivos no longo prazo.
De acordo com a empresa, as taxas de crescimento da oferta de BTC e ETH estão abaixo da expansão da oferta monetária global, o que pode favorecer uma recuperação futura. A QCP também aponta que compradores institucionais continuam absorvendo a oferta no mercado.
O gráfico mensal do BTC mostra força estrutural, mas junho começa com sinais de cautela. Ainda é cedo para cravar reversão — o candle está se formando e o contexto macro (como ETFs e juros nos EUA) pode influenciar fortemente o mês. Fique atento ao fechamento mensal: se for um doji ou candle de reversão (ex: shooting star), pode indicar correção em julho.
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