Paraguai desmente legalização do Bitcoin

Paraguai desmente legalização do Bitcoin
Imagem destaque: ChatGPT

Paraguai não adotou o Bitcoin (BTC) como moeda oficial. O suposto decreto que circulou nesta segunda-feira (9) nas redes sociais foi fruto de um golpe digital que comprometeu a conta oficial do presidente Santiago Peña na rede social X.

🕵️ Linha do tempo da farsa

Na tarde de segunda-feira, um documento com suposto timbre oficial da Presidência da República do Paraguai começou a circular nas redes. 

O texto anunciava a “legalização do Bitcoin como moeda de curso legal”, com detalhes de uma reserva de US$ 5 milhões em BTC e emissão de títulos do governo atrelados a criptos.

Pouco depois, a própria conta do presidente @SantiPenap no X publicou: “Official: Paraguay 🇵🇾 makes #Bitcoin legal tender!”. 

A postagem também mencionava a suposta reserva em BTC e promessas para “cidadãos habilitados por criptomoedas”.

⚠️ Inconsistências e dúvidas levantaram o alerta

Mas esse decreto estava muito estranho. O documento compartilhado não constava no site oficial da Presidência (presidencia.gov.py), tampouco havia qualquer registro no portal de decretos (gacetaoficial.gov.py).

O estilo visual do comunicado também chama a atenção: bordas decorativas exageradas, linguagem promocional, falta de data, assinatura e número de decreto. Além disso, a iniciativa é incompatível com a política monetária vigente do Banco Central do Paraguai.

🔐 Governo confirma: conta foi comprometida

Poucos minutos depois, o governo publicou um comunicado oficial esclarecendo os fatos. De acordo com a nota, a conta do presidente apresentou “atividade irregular que sugere um possível acesso não autorizado”. 

O CERTPY, equipe de resposta a incidentes cibernéticos, já está atuando em conjunto com a rede social X.

“Pedimos à cidadania que desconsidere qualquer conteúdo publicado até que se emita uma confirmação oficial”, diz o comunicado.

📢 Onde consultar documentos verdadeiros?

Para evitar cair em golpes como este, é importante acompanhar apenas fontes oficiais e verificadas:

📎 Leia também

Deixe seu comentário: