Enquanto 13 milhões de estudantes enfrentam o temido gaokao, vestibular chinês que decide o futuro acadêmico de boa parte da população, as big techs do país tomaram uma atitude inusitada: bloquearam funções de inteligência artificial (IA) para evitar trapaças.
Doubao (ByteDance), DeepSeek, Qwen (Alibaba), Kimi (Moonshot) e Yuanbao (Tencent) suspenderam temporariamente recursos de reconhecimento de imagem e respostas de texto, deixando estudantes — e até universitários — na mão.
🧠 “Não é permitido ajudar agora”
Quem tentou interagir com a IA durante os exames se deparou com mensagens automáticas do tipo:
“Durante o exame de admissão universitária, este serviço está suspenso”.
Mesmo insistindo que “não é para o gaokao”, usuários receberam a mesma resposta fria e automática.
A restrição despertou reações divertidas e frustradas nas redes. “Não posso usar o DeepSeek, vou ter que baixar o ChatGPT de novo… que todos vocês passem em faculdades comunitárias”, reclamou um estudante no Weibo, com tom de piada.
🚨 Chega de jeitinho: IA também vigia os candidatos
Além de restringir o uso das ferramentas, as autoridades chinesas intensificaram a vigilância com câmeras alimentadas por inteligência artificial, analisando gestos de sussurros ou olhares repetitivos.
Em algumas províncias, vídeos serão analisados depois da prova para detectar qualquer comportamento suspeito.
E não para por aí: há uso de bloqueadores de sinal, checagens biométricas e até prioridade no trânsito para que nenhum estudante perca o horário da prova.
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