Avatares de inteligência artificial batem humanos em vendas ao vivo na China

Avatares de inteligência artificial batem humanos em vendas ao vivo na China
Imagem destaque: ChatGPT

No domingo (15), milhões de chineses assistiram a uma live de seis horas conduzida pelo famoso apresentador Luo Yonghao — ou melhor, sua versão digital. 

Criado com inteligência artificial (IA), o avatar de Luo interagiu com o público, fez piadas, apresentou 133 produtos e ainda vendeu mais do que o próprio apresentador em uma transmissão anterior.

A performance foi tão natural que poucos perceberam que não era um ser humano de verdade ali. 

Com gestos fiéis, voz idêntica e até tique nervoso de bater na mesa, o “novo Luo” inaugurou um patamar na era do live commerce.

🤖 IA assume o palco e bate recordes

Durante a transmissão, o avatar acessou 13 mil bancos de dados, gerou 97 mil caracteres em descrições e realizou mais de 8 mil gestos distintos.

O resultado foi 13 milhões de visualizações e um volume de vendas que ultrapassou 10,4 bilhões de won

Em menos de meia hora, as vendas superaram as de uma live feita pelo próprio Luo no mês anterior.

O coapresentador, também digital, não ficou atrás. Juntos, os dois avatares mantiveram a audiência engajada sem pausa para água, erros ou cansaço.

💹 IA empurra o live commerce para o futuro

O comércio ao vivo explodiu na China desde a pandemia. Em 2019, o mercado era avaliado em US$ 61 bilhões. Em 2023, esse número já tinha saltado para US$ 695 bilhões.

Agora, com a adoção de avatares de IA, o setor entra em uma nova fase. Segundo a Baidu, 100 mil digital humans já estão ativos, reduzindo em 80% os custos de operação e elevando as vendas em 62%.

🧠 Aposta da Baidu já dá retorno

A gigante Baidu lidera a corrida com sua plataforma Yuxian, lançada em 2023. Desde então, o volume total de transações disparou 200%, impulsionado por avatares, recomendações baseadas em IA e logística otimizada.

O uso de apresentadores digitais em lives cresceu 11 vezes só em 2024. Ainda assim, segundo a Caixin, o sucesso a longo prazo vai depender da confiança dos consumidores, que ainda se sentem mais seguros com apresentadores humanos.

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