Enquanto a inteligência artificial avança rápido, os bastidores da política estadunidense estão ainda mais acelerados.
Um grupo de lobistas ligados a Amazon, Google, Microsoft e Meta quer aprovar uma medida que tem o intuito de proibir que estados dos EUA criem leis próprias para regular IA durante os próximos 10 anos.
A proposta foi incluída discretamente no projeto orçamentário da Câmara, mas já virou alvo de críticas de procuradores-gerais, organizações civis e até parte do Partido Republicano.
⚖️ Uma lei única, um país inteiro
O argumento dos defensores da medida é padronizar regras em nível nacional e evitar um caos jurídico com diferentes normas estaduais.
Segundo fontes ligadas ao Financial Times, o grupo INCOMPAS — do qual participam as big techs — quer garantir um “marco regulatório previsível” para manter os EUA competitivos na corrida global da IA, sobretudo contra a China.
🚫 Resistência bipartidária
O movimento, no entanto, tem enfrentado resistência de todos os lados. Pelo menos 40 procuradores-gerais estaduais se manifestaram contra, alegando que a proposta mina a autonomia dos estados e deixa os consumidores mais vulneráveis.
Entre os políticos republicanos, o clima também é dividido. Enquanto Ted Cruz e Thom Tillis apoiam a ideia,Josh Hawley e Marsha Blackburn consideram um erro tirar o poder dos estados nesse momento de transição tecnológica.
🔍 IA sob vigilância… ou sem freios?
O texto propõe que apenas o governo federal tenha autoridade para definir regras de IA. Para os críticos, isso é o mesmo que dar às big techs uma década de liberdade para expandir suas soluções de forma pouco supervisionada — com impactos reais no mercado de trabalho, na privacidade e nas decisões automatizadas.
A votação final deve acontecer no Senado até 4 de julho.
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