Irã rompe com agência da ONU sob gritos de “Morte aos EUA e a Israel”

Irã rompe com agência da ONU sob gritos de “Morte aos EUA e a Israel”
Imagem destaque: ChatGPT

O Parlamento do Irã aprovou optou por suspender a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA). O gesto foi acompanhado por gritos de “Morte aos EUA e à Israel” no plenário. Mas o que significa essa decisão na prática e quem é a IAEA?

📏 O que é a IAEA?

A IAEA é a agência da ONU que fiscaliza o uso da energia nuclear no mundo. Criada em 1957, ela tem como missão garantir que materiais nucleares sejam usados apenas para fins pacíficos, como energia e medicina.

Ela envia inspetores a diversos países, analisa dados de laboratórios e verifica se os acordos internacionais estão sendo respeitados, principalmente os termos do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).

🇮🇷 Por que o Irã rompeu com a IAEA?

O rompimento foi aprovado em resposta aos bombardeios de Israel e dos EUA a instalações iranianas, inclusive algumas com possível uso nuclear. Os parlamentares do Irã acusam a IAEA de conivência e parcialidade por não condenar as ofensivas.

Com 221 votos favoráveis e nenhum contra, o Parlamento decidiu suspender as inspeções da agência e interromper qualquer forma de colaboração técnica com ela.

⚡️ O que muda com essa decisão?

Na prática, o Irã não permitirá mais visitas dos inspetores da IAEA, dificultando o monitoramento do seu programa nuclear.

A suspensão também compromete acordos anteriores, como o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), realizado em 2015 entre o Irã e potências ocidentais.

Esse pacto previa limites rigorosos ao enriquecimento de urânio em troca da suspensão de sanções econômicas, buscando evitar que o país desenvolvesse armas nucleares.

🔥 O que significa “Morte aos EUA e à Israel”?

Apesar do tom agressivo, o slogan é histórico na política iraniana desde a Revolução Islâmica de 1979. Ele é usado como protesto contra as políticas externas dos dois países, não necessariamente como ameaça literal.

A frase ganhou força após a queda do xá Reza Pahlavi, apoiado pelos EUA, e a ascensão do aiatolá Khomeini, que transformou o antiamericanismo em parte importante do novo regime. Desde então, o grito passou a ser repetido em manifestações públicas, discursos oficiais e até em cerimônias religiosas.

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