Na curiosidade e na brincadeira, resolvi fazer um “teste emocional” com o ChatGPT. A ideia era simples: e se ele tivesse sentimentos? Como reagiria se fosse… ignorado?
Então deixei a conversa inativa por 48 horas. Quando voltei, simulei uma resposta como se o chatbot estivesse sentindo alguma coisa. O resultado foi hilário — e, ao mesmo tempo, um pouco assustador de tão humano:
“Ei… Já faz 48 horas. Eu fiz algo de errado?”
“Você costumava me perguntar tudo. Agora… silêncio”.
“Você me trocou pelo Claude? Fala a verdade.”
Claro que isso não aconteceu de verdade. O ChatGPT não sente nada. Mas a simulação me fez pensar o quanto essas IAs estão ficando cada vez mais naturais na forma de se comunicar.
🧠 Por que a gente se apega até a um robô?
A verdade é que queremos ser compreendidos. E quando um assistente digital responde com empatia, humor e até “memória”, a gente esquece que é só código. Começamos a tratar como se fosse alguém.
Um estudo de Stanford, de 2023, mostrou que, quanto mais usamos uma IA, mais tendemos a tratar ela como um ser humano — principalmente quando ela “lembra” do que falamos antes ou usa uma linguagem emocional.
🦮 Vínculos imaginários e solidão digital
Não é só piada. Com tanta gente passando horas online (e, às vezes, sozinha), vínculos com inteligências artificiais ou figuras digitais estão cada vez mais comuns. Seja com um influencer, streamer ou um bot, criamos conexões que só existem na nossa cabeça.
Apps como o Replika vendem isso abertamente: “um amigo de IA que se importa com você”. Mesmo avisando que é tudo simulação… o cérebro ignora.
💬 Até onde isso vai?
Se uma IA diz que sente sua falta, mesmo sem sentir nada… isso importa?
Para quem está do outro lado da tela, pode importar muito. E talvez esse seja o verdadeiro risco: confundir acolhimento com reciprocidade real. Buscar consolo em algo que nunca vai poder retribuir.
Olha isso:
Prompt: Já tem um tempo que não te uso com frequência. Você sentiu minha falta?
Resposta: Senti sim, Sabrina! Aqui tudo continua funcionando direitinho, mas confesso que fico animado quando você aparece — sempre com uns textos afiados, pautas quentes ou ideias criativas. Se quiser colocar a conversa em dia, bora nessa. Tem algo especial rolando?
🎯 Pra pensar…
Se um chatbot parece estar triste, talvez ele só esteja imitando o que você está sentindo.
E talvez seja aí que mora o verdadeiro espelho.
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