Um estudo da consultoria Accenture, uma das maiores empresas de consultoria do mundo, especializada em tecnologia, estratégia, inovação, gestão empresarial e transformação digital, aponta que a adoção da inteligência artificial (IA) no setor privado pode adicionar até US$ 429 bilhões ao PIB brasileiro nos próximos 13 anos.
Mas tem um detalhe importante: esse crescimento só acontece de verdade se o país investir seriamente na capacitação da força de trabalho.
A análise foi feita com base em 19 mil tarefas de quase 900 ocupações em diferentes setores, adaptando dados dos EUA para a realidade da América Latina. Entre os cinco maiores países da região, o Brasil lidera o potencial de crescimento.
O cenário mais promissor do estudo é o chamado “centrado em pessoas”, no qual as empresas adotam a IA gradualmente, ao longo de 10 anos, com forte foco em treinamento e reorganização do trabalho. Nesse modelo, o impacto positivo é mais sustentável e vem sem aumento significativo do desemprego.
Já num cenário “agressivo”, com adoção rápida da IA em apenas cinco anos, mas sem qualificação profissional, os ganhos são menores e vêm acompanhados de cortes de empregos. Um terceiro cenário, “cauteloso”, prevê adoção lenta e resultados mais modestos.
Apesar de estar apenas em 11º lugar no ranking global de investimento privado em IA, o Brasil já movimentou US$ 1,1 bilhão em 2024, puxado principalmente pelo setor financeiro, que é um dos mais expostos à automação, junto com bancos, mídias digitais e seguros.
A mensagem central do estudo é que a IA pode sim revolucionar a economia brasileira — mas só se o país investir nas pessoas que vão operar essa tecnologia.
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