O Banco Mundial apresentou nesta quinta-feira (26) um estudo com propostas para frear o crescimento da dívida pública brasileira e garantir sustentabilidade fiscal e ambiental.
Intitulado “Dois por Um: Políticas para Atingir Sustentabilidade Fiscal e Ambiental”, o relatório recomenda corte de gastos públicos, revisão de benefícios sociais e aumento de impostos, incluindo a tributação de lucros, dividendos e combustíveis fósseis.
Entre as principais sugestões estão:
- Desvincular benefícios sociais do salário mínimo e limitar gastos obrigatórios em saúde e educação;
- Reforma administrativa, com redução de salários iniciais no serviço público e mudanças nas regras de progressão e contratação;
- Nova reforma da Previdência, com aposentadorias proporcionais ao tempo de contribuição e revisão do BPC;
- Revisão do Bolsa Família e do seguro-desemprego, com mais fiscalização e uso do FGTS como primeira fonte de auxílio;
- Ampliação da base de pagadores do Imposto de Renda, com menos isenções e alíquotas maiores para os mais ricos.
Na área ambiental, o Banco Mundial propõe a criação de um Sistema de Comércio de Emissões, aumento de investimentos em energia limpa e transporte de baixo carbono, além de maior rigor contra o desmatamento.
Também defende aumento de impostos sobre combustíveis fósseis, estimando uma carga total de até R$ 4,06 por litro de diesel com as novas alíquotas.
Segundo o Banco Mundial, as medidas poderiam melhorar o resultado fiscal em mais de 5% do PIB, revertendo o atual déficit e levando o país a um superávit suficiente para estabilizar a dívida. Apesar disso, a instituição reconhece que as propostas enfrentam forte resistência política e social, especialmente por envolver cortes em áreas sensíveis e aumento da carga tributária.
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