A possibilidade de uma trégua no conflito entre Israel e Hamas ganhou novo fôlego nesta quinta-feira (3). Um plano de cessar-fogo de 60 dias está sendo analisado pela liderança palestina, que ainda discute os termos do acordo.
A expectativa é de que a resposta do Hamas venha ainda hoje (4). Mas, mesmo com um sinal verde, o caminho até a implementação do acordo ainda exige ajustes diplomáticos — e concessões difíceis de ambos os lados.
🤝 O que está na mesa: reféns, prisioneiros e tropas
O novo plano prevê a libertação de 10 reféns vivos mantidos em Gaza, além da devolução dos corpos de 18 vítimas. Em troca, prisioneiros palestinos seriam soltos por Israel. A liberação seria feita em cinco etapas ao longo dos 60 dias de trégua, diferente da proposta estadunidense anterior, que pedia a soltura total em uma única semana.
Outro ponto delicado é a retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza. O plano menciona esse recuo, mas não detalha se a saída seria completa ou parcial — algo que já aconteceu em trégua anterior, quando o exército israelense apenas se reposicionou.
🌍 E depois da trégua? Negociações para o fim da guerra
Estados Unidos, Catar e Egito se comprometeram a conduzir negociações sérias para encerrar o conflito durante os 60 dias de cessar-fogo.
O Hamas, representado pelo analista político Hussam Dajani, só considera o acordo válido se houver garantias reais do fim definitivo da guerra.
Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deixou claro que não aceita uma trégua permanente enquanto o grupo continuar existindo como força militar e política.
🎥 Cerimônias públicas vetadas e clima de cautela
Outro item do plano exige que o Hamas não realize entregas públicas e televisionadas de reféns, como nas últimas negociações. Nas ocasiões anteriores, reféns libertados chegaram a agradecer seus captores em frente às câmeras — o que causou revolta em parte da sociedade israelense.
Mas o futuro do acordo ainda é incerto. Mesmo que o Hamas aceite os termos, o risco de impasse nas fases seguintes é alto, sobretudo diante da resistência de Netanyahu em aceitar qualquer concessão que pareça definitiva.
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