Mercados reagem ao adiamento das tarifas prometidas por Trump

Mercados reagem ao adiamento das tarifas prometidas por Trump
Imagem destaque: ChatGPT

O clima de incerteza que vinha pressionando os mercados nos últimos dias ganhou mais um capítulo, quando Donald Trump confirmou o envio das “Cartas de Tarifa” para os parceiros comerciais dos Estados Unidos. A promessa é de novas taxas para quem não fechar acordo até 1º de agosto.

📨 Cartas ou acordos? EUA pressionam com nova rodada de tarifas

Trump voltou ao estilo “deal maker” e anunciou que está enviando cartas a 12 a 15 países, notificando sobre as tarifas que entram em vigor em agosto — a menos que consigam um acordo.

O presidente afirmou que alguns acordos já foram fechados, mas preferiu manter os detalhes em aberto. Já o secretário de Comércio, Howard Lutnick, tentou esclarecer: as tarifas só começam a valer em 1º de agosto, mas as decisões estão sendo tomadas agora.

No início do ano, Trump propôs tarifas-base de 10% sobre a maioria dos países, com alíquotas que podem chegar a 50%. Mas o prazo inicial de 9 de julho foi empurrado.

🌍 União Europeia tenta escapar do cerco tarifário

Em Bruxelas, o clima é de negociação acelerada. O porta-voz comercial da UE, Olof Gill, confirmou conversas “positivas” entre Trump e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

A ideia é chegar a um “acordo de princípio” até quarta-feira. A UE quer isenção para tarifas sobre carros (hoje em 29,5%) e cortes nas taxas sobre o aço, em um modelo semelhante ao negociado com o Reino Unido.

Gill foi direto: “Queremos evitar tarifas. Elas causam dor. Buscamos resultados ganha-ganha, não perde-perde”.

⚠️ Brics na mira: nova ameaça de 10% extra

Trump também mirou nos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), após o bloco criticar o uso de tarifas unilaterais em um encontro no Rio de Janeiro.

Na rede Truth Social, o republicano avisou: “Qualquer país alinhado às políticas antiamericanas do Brics será taxado com mais 10%. Sem exceções”.

A China respondeu pela diplomacia, com a porta-voz Mao Ning declarando que “tarifas coercitivas não servem a ninguém”.

📉 Reação imediata: mercados hesitam com cenário indefinido

A confusão sobre prazos e alíquotas mexeu com os mercados na segunda-feira. Na Ásia, o índice Nikkei recuou 0,3%, enquanto a bolsa sul-coreana caiu 0,7%. O índice MSCI da região teve leve queda de 0,1%.

Na Europa, o clima foi misto: o DAX (Alemanha) subiu 0,3%, mas o FTSE 100 (Reino Unido) caiu na mesma proporção, puxado por empresas de energia como Shell e BP. O Stoxx Europe 600 ficou estável.

As commodities também sentiram: cobre caiu 0,6% e o alumínio, 1,1%, refletindo o receio sobre uma possível desaceleração do comércio global.

O bitcoin manteve-se estável no gráfico diário, oscilando em US$ 108.900. A criptomoeda mostra força após a recuperação iniciada em abril e agora parece consolidar uma zona de resistência, com baixo volume nas últimas sessões e ausência de grandes movimentos. 

🧩 Ainda faltam peças: pequenos países e negociações em aberto

Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, há “grandes anúncios de acordos” a caminho. E não só com os gigantes.

O governo planeja notificar 100 países menores, com quem o comércio é limitado, de que as tarifas suspensas em abril agora estão sendo retomadas. A regra é ou carta, ou acordo.

O prazo? 1º de agosto. Até lá, os mercados seguem no escuro.

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