A inflação norte-americana veio acima do esperado em junho e já começa a impactar o mercado cripto. O BTC reagiu com queda após os dados.
Dados acima da projeção preocupam investidores
O índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos subiu 0,3% em junho, levando a inflação anual para 2,7%. A expectativa do mercado era de 2,6%, o que torna o dado um fator de pressão imediata sobre ativos de risco, como ações e criptomoedas.
Essa leitura é a mais alta desde fevereiro e quebra a sequência de alívio inflacionário que o Federal Reserve vinha monitorando. O núcleo da inflação, que desconsidera energia e alimentos, subiu 2,9% no acumulado de 12 meses, dentro do esperado, mas ainda em patamar desconfortável.
⚠️ Impacto direto no mercado cripto
Logo após a divulgação dos dados, o bitcoin recuou. No gráfico diário, é possível ver que o BTC tocou a região dos US$ 122 mil e, em seguida, devolveu parte dos ganhos. O candle desta terça-feira (15) mostra um topo longo e corpo vermelho, típico de reversão ou realização de lucros após forte alta.
Fed pressionado, dólar mais forte
Com a inflação acima da meta de 2%, o Federal Reserve pode adiar o tão aguardado ciclo de cortes nas taxas de juros. Isso fortalece o dólar, reduz a liquidez e, por consequência, afeta o bitcoin.
Além disso, o ambiente de maior aversão ao risco costuma favorecer a migração de capital para opções mais conservadoras, o que pressiona os preços de criptomoedas no curto prazo.
🟠 No longo prazo, pode fortalecer a tese do BTC
Embora o impacto imediato seja negativo, a inflação elevada reacende o interesse por ativos escassos e descentralizados como forma de proteção.
Nesse cenário, o bitcoin volta a ser visto como um possível hedge contra perda de poder de compra, principalmente se as medidas do Fed se mostrarem ineficazes.
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