Em visita oficial, Bilal Bin Saqib — CEO do Pakistan Crypto Council e conselheiro do primeiro-ministro — encontrou-se com Nayib Bukele, presidente de El Salvador, para discutir cooperação estratégica em blockchain e adoção do Bitcoin (BTC).
Na reunião em San Salvador, Saqib classificou Bukele como “um dos líderes mais visionários da nossa era”. Segundo ele, o presidente salvadorenho apostou no BTC quando a maioria ainda duvidava, mostrando que “não é preciso ter recursos abundantes para colocar um país no mapa”.
O resultado imediato do encontro foi a assinatura de uma Carta de Intenções entre o Escritório Bitcoin de El Salvador e o Conselho Cripto do Paquistão, criando um canal oficial de colaboração.
📜 Acordo foca inclusão e políticas públicas
O acordo tem como base três pilares:
- Incentivar a adoção pública do Bitcoin
- Criar estratégias de inclusão financeira com blockchain
- Desenvolver políticas sob medida para economias emergentes
A visita a Bukele veio após uma videoconferência entre Saqib, o ministro das finanças Muhammad Aurangzeb e Michael Saylor, fundador da Strategy, empresa que detém mais de US$ 62 bilhões em reservas de BTC.
Durante a conversa, o Paquistão mostrou interesse em transformar o bitcoin em um ativo de reserva nacional, com apoio direto de Saylor como conselheiro estratégico.
Também foi discutida a criação de uma estrutura regulatória que favoreça a inovação e o investimento institucional, com foco em inclusão financeira para economias emergentes.
A reunião abriu espaço para a formação de um comitê técnico, liderado pelo Pakistan Crypto Council, que ficará responsável por traduzir as ideias em políticas concretas.
⚡ FMI barra mineração com energia excedente
Apesar dos avanços, o Paquistão enfrenta entraves. O FMI vetou um plano para usar 2.000 megawatts de energia excedente em mineração de Bitcoin, alegando que subsídios para setores específicos distorcem o mercado.
A proposta fazia parte de um projeto de digitalização, que previa também o uso dessa energia para centros de inteligência artificial.
A justificativa local era aproveitar o excedente durante os meses de inverno, mas o plano esbarrou no acordo de empréstimo de US$ 7 bilhões vigente até 2027.
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