Brasil quer criar GPS próprio e reduzir dependência dos EUA

Brasil quer criar GPS próprio e reduzir dependência dos EUA
Imagem destaque: ChatGPT

O governo brasileiro quer cortar o cordão umbilical com o GPS estadunidense. A poucos dias do tarifaço de Donald Trump, o Planalto oficializou um grupo de trabalho para estudar a criação de um sistema nacional de navegação por satélite — alternativa autônoma, com tecnologia brasileira, para uso estratégico e civil.

🧭 Um “GPS genérico”, mas nacional

A resolução assinada em 1º de julho pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional) define um prazo inicial de 180 dias para que o grupo entregue uma estratégia técnica viável. 

De acordo com a CNN, o foco é desenvolver um sistema brasileiro de posição, navegação e tempo (PNT), reduzindo a dependência de estruturas estrangeiras.

O trabalho contará com quatro ministérios — Ciência e Tecnologia, Defesa, Comunicações e Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços —, além das agências Anatel, AEB e Inpe, e entidades da indústria aeroespacial.

🛰️ Tensão geopolítica entra no radar

Nos bastidores, o governo Lula trata a iniciativa como preventiva. Embora não acredite num bloqueio real do GPS, um assessor direto do presidente classifica a hipótese como algo reservado a “situações de guerra”

O GPS é operado pelo Departamento de Defesa dos EUA e se tornou padrão global, mas não é o único sistema disponível. 

Europa, Rússia e China também têm redes próprias (Galileo, Glonass e Beidou). A depender do uso, a substituição pode ser simples — como nos apps de trânsito — ou crítica, como na aviação, onde o GPS é padrão na navegação por satélite.

🔧 Sistema próprio não precisa ser global

A ideia de um PNT brasileiro não é competir com gigantes globais, mas cobrir o território nacional e a América do Sul. Isso já seria suficiente para aplicações estratégicas, civis e militares. 

Além disso, o próprio Brasil já tem estruturas importantes, como o Inpe, a Telebras e o Comando da Aeronáutica, com histórico de atuação em tecnologia espacial. O desafio é orquestrar capacidades e garantir financiamento consistente — algo que será analisado nos próximos meses.

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