Arrecadação federal no Brasil bate recorde com R$ 1,4 trilhão no primeiro semestre de 2025

Arrecadação federal no Brasil bate recorde com R$ 1,4 trilhão no primeiro semestre de 2025
Imagem destaque: ChatGPT

A arrecadação federal somou R$ 1,425 trilhão nos seis primeiros meses de 2025 e registrou o maior valor da história para esse período. 

Além do bom desempenho em receitas recorrentes, a arrecadação foi impulsionada por medidas polêmicas, ajustes legislativos e decisões judiciais que influenciaram diretamente o fluxo de tributos.

Um dos fatores que mais pesaram nesse salto foi o Imposto sobre Operações Financeiras, que sozinho arrecadou R$ 8 bilhões em junho, com uma variação real de 38,8% no comparativo anual.

Embora o impacto individual de cada alteração ainda não tenha sido medido, o efeito conjunto foi sentido imediatamente nos cofres públicos.

🧾 Receita por mês: trajetória firme

A arrecadação mês a mês mostra uma estabilidade elevada, mesmo diante de oscilações típicas do calendário fiscal:

  • Janeiro: R$ 301,2 bi
  • Fevereiro: R$ 202,5 bi
  • Março: R$ 209,7 bi
  • Abril: R$ 247,7 bi
  • Maio: R$ 230,2 bi
  • Junho: R$ 234,6 bi

Somente em junho, houve um aumento real de 6,62% sobre o mesmo mês de 2024. Já na comparação com maio, a alta foi de 1,69%.

⚖️ Crise do IOF ainda repercute

O aumento do IOF foi anunciado no primeiro relatório bimestral do ano, com a justificativa de equilibrar as contas públicas. A decisão enfrentou resistência no Congresso Nacional, que acabou suspendendo o decreto.

A Advocacia-Geral da União recorreu ao Supremo Tribunal Federal, que devolveu validade ao decreto com exceção do trecho que tratava do “risco sacado” — uma medida que gerava insegurança jurídica entre empresas e instituições financeiras.

O auditor-fiscal Claudemir Malaquias avalia que o impacto do “vai e vem” do decreto ainda não pode ser quantificado. “As operações ficaram em compasso de espera. Vamos precisar de mais tempo para entender o efeito real”, afirmou.

💬 Receita Previdenciária e IR também puxaram alta

Além do IOF, outras fontes de arrecadação federal apresentaram forte desempenho. A Receita Previdenciária e os rendimentos de capital do Imposto de Renda Pessoa Física também contribuíram de forma relevante para o resultado do semestre.

No total, R$ 1,365 trilhão veio de receitas administradas pela Receita Federal, e R$ 60,7 bilhões de outros órgãos, como ANP e Bacen.

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