A inflação projetada para este ano no Brasil caiu novamente no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (18). A expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,05% para 4,95%, marcando a 12ª redução seguida. Mesmo assim, a estimativa continua acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional.
O limite estabelecido para 2025 é de 3%, com tolerância entre 1,5% e 4,5%.
📊 O que pesa no índice
Em julho, o IPCA subiu 0,26%, segundo o IBGE. A conta de energia mais cara empurrou o número para cima, mas a queda nos preços dos alimentos ajudou a evitar um impacto maior. No acumulado de 12 meses, o índice chegou a 5,23%, superando o teto da meta.
Para os próximos anos, o mercado vê inflação em 4,4% em 2026, 4% em 2027 e 3,8% em 2028, de acordo com as projeções divulgadas.
💰 Selic segue como freio da economia
O Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano, após sete altas consecutivas. A justificativa foi o início da desaceleração da economia e o recuo da inflação. Apesar disso, o Copom sinalizou que pode voltar a subir os juros se considerar necessário.
A expectativa do mercado é que a Selic continue nesse nível até o fim de 2025. Só em 2026 o juro deve cair para 12,5% ao ano, voltando a níveis de 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
📈 PIB e câmbio em foco
O Produto Interno Bruto deve crescer 2,21% em 2025, segundo a pesquisa. Para 2026 e 2027, a projeção é de 1,87% e, em 2028, avanço de 2%.
A economia ainda colhe os efeitos da agropecuária, que puxou o PIB para alta de 1,4% no primeiro trimestre deste ano. Em 2024, o crescimento acumulado foi de 3,4%, a maior marca desde 2021.
No câmbio, a previsão é que o dólar encerre 2024 em R$ 5,60 e alcance R$ 5,70 no fim de 2026.
📌 Leia também:
Brasil prepara resposta aos EUA para defesa do Pix
Lula libera pacote de R$ 30 bilhões para frear impactos do tarifaço dos EUA
Haddad defende tributação de cripto em audiência no Congresso
Fique por dentro das notícias mais quentes do mercado brasileiro: entre no nosso canal no WhatsApp
