Mercado Livre entra no setor de farmácias com compra da Target

Mercado Livre entra no setor de farmácias com compra da Target
Imagem destaque: Pexels/Anna Shvets

O Mercado Livre deu o primeiro passo para vender medicamentos no Brasil. A gigante do e-commerce confirmou a aquisição da Target, uma farmácia na zona sul de São Paulo.

Com a movimentação, a empresa busca autorização para comercializar remédios sem prescrição médica, como analgésicos e antigripais. 

A operação foi conduzida pela K2I Intermediação, ligada à Kangu, empresa de logística que faz parte do grupo Mercado Livre.

Projeto-piloto mira remédios sem receita

A Target pertencia à healthtech Memed, especializada na digitalização de receitas e exames médicos. Essa startup é usada por mais de 130 mil médicos no Brasil e seguirá focada no segmento após a venda.

A negociação já foi submetida ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica. A expectativa é que a farmácia sirva de base para um piloto, que pode ser replicado em outros pontos futuramente.

De acordo com as regras da Anvisa, só é possível vender remédios online a partir de farmácias físicas licenciadas, com farmacêutico disponível durante todo o horário de funcionamento. Também é obrigatório que a venda seja feita no site da própria farmácia, e não em marketplaces.

💥 Farmacêuticas sentiram o impacto 

A entrada do Mercado Livre causou reação imediata entre as redes tradicionais. A RD Saúde, dona da Raia e Drogasil, perdeu 7% de valor de mercado após a notícia. A rede Pague Menos também foi afetada e viu suas ações caírem 4%.

Em 2024, o mercado de medicamentos sem receita cresceu 12% no Brasil. A RD fechou o ano passado com receita bruta de R$ 41,8 bilhões, crescimento de 15%. No canal digital, a rede domina com 42% de participação, e 76% da receita vem dos apps próprios.

Fundado em 1999, o Mercado Livre tem 10 milhões de vendedores e 34 milhões de compradores ativos. Só no ano passado, registrou uma receita de US$ 12,2 bilhões, com alta de 48,3% no período.

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