Linea trava por 1h em pleno dia de airdrop de tokens

Linea trava por 1h em pleno dia de airdrop de tokens
Imagem destaque: Pexels/Alex Green

A Linea, uma das principais Layer 2 do ecossistema Ethereum (ETH), enfrentou uma paralisação na produção de blocos por pouco mais de uma hora nesta quarta-feira (10). 

Segundo dados do Lineascan, o último bloco antes da pausa foi gerado às 6h35 GMT e trouxe movimentações de ETH via ponte.

A interrupção ocorreu poucas horas antes do airdrop do token nativo.

O motivo mais provável foi uma falha no sequenciador centralizado, componente responsável por ordenar e validar blocos na cadeia. 

A rede retomou as atividades pouco depois.

Atualmente, a Linea movimenta 2,2 milhões de transações por dia, bem abaixo do pico de 40 milhões registrado em maio de 2024. 

Mesmo assim, a rede mantém uma boa cifra de ativos bloqueados, com US$ 1,7 bilhão entre tokens nativos e bridged, sendo US$ 290 milhões apenas em stablecoins.

🪂 Expectativa de airdrop pressiona rede

O airdrop da Linea estava previsto para o final de 2024, mas foi adiado. A distribuição começou agora, em setembro de 2025, em meio à alta no uso da rede e à presença de milhares de usuários que participaram de campanhas de pontos e interações anteriores.

No pré-mercado, o token da Linea já aparece cotado em torno de US$ 0,027. Parte dos tokens será enviada via Binance HODL, enquanto outros precisarão ser reivindicados na página oficial.

🔒 Centralização do sequenciador segue como ponto crítico

A Linea ainda funciona com o que se chama de rede de “estágio 2”. Na prática, isso quer dizer que ela depende de decisões centralizadas para funcionar. 

O componente principal que organiza os blocos e aprova as transações, chamado de sequenciador, está sob o controle direto da equipe da Linea. 

Ele não é operado por uma rede distribuída de validadores, como acontece no Ethereum ou em redes mais descentralizadas.

Esse mesmo sequenciador já havia sido desligado em junho para conter um problema de segurança, o que mostra que qualquer falha nesse ponto pode parar toda a rede, como aconteceu agora.

O motivo da Linea manter esse modelo é simples. Deixar tudo nas mãos de um sistema único garante mais velocidade e menor custo nas transações. 

Mas isso tem um preço. A rede fica mais vulnerável a falhas, e mais exposta ao risco de censura, pois um único grupo tem o poder de decidir o que entra ou não na blockchain.

Outras Layer 2 já estão testando formas de descentralizar esse processo, mas a Linea ainda opera com base na confiança direta na equipe responsável. E quando essa confiança falha, o impacto é visível na prática.

📌 Leia também:

Vietnã lança programa de teste para mercado cripto com regras rígidas

Suprema Corte libera Trump a usar raça para deter imigrantes

Europa proíbe ingrediente comum em esmaltes em gel

Fique por dentro das notícias mais quentes do mundo: entre no nosso canal no WhatsApp.

Deixe seu comentário: