O número de estadunidenses que solicitaram auxílio-desemprego na última semana saltou para 263 mil, o maior patamar registrado desde outubro de 2021.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos e surpreendeu analistas, que esperavam 231 mil pedidos.
Esse aumento de 27 mil solicitações em relação à semana anterior mostra que o mercado de trabalho começa a dar sinais de desgaste.
Desde o fim mais agudo da pandemia, os pedidos semanais vinham se mantendo dentro de uma faixa considerada baixa, entre 200 mil e 250 mil.
📉 Contratações em queda e revisão de dados
Mesmo com o salto nos pedidos de seguro-desemprego, as demissões seguem modestas em comparação com outros períodos históricos.
No entanto, o ritmo de contratações desacelerou. Economistas chamam isso de “sem contratações, sem demissões”, um equilíbrio frágil que pode rapidamente mudar.
Essa percepção ganhou força após a divulgação de uma revisão nos dados de geração de empregos.
O Bureau of Labor Statistics (BLS) corrigiu para baixo os números acumulados entre março de 2024 e março de 2025, apontando que o país criou 911 mil vagas a menos do que se pensava. Os setores mais afetados foram lazer e hospitalidade, serviços profissionais e o comércio.
📊 Dados fracos em série pressionam o governo
Os indicadores acenderam o sinal amarelo no governo Trump. Em agosto, a economia criou apenas 22 mil empregos, bem abaixo da expectativa de 80 mil.
A divulgação dos dados levou o presidente a demitir o chefe do órgão responsável pelas estatísticas de emprego.
Outro dado preocupante veio do número de vagas em aberto, que caiu para 7,2 milhões em julho. Pela primeira vez desde abril de 2021, o número de pessoas desempregadas ultrapassou o total de postos anunciados.
🌀 Política econômica e impacto nos negócios
Parte do desaquecimento se deve ao cenário de incerteza provocado pelas políticas de tarifas impostas por Trump sobre produtos importados.
Essas medidas teriam desestimulado empresas a contratar e expandir seus negócios, derrubando a confiança e o investimento.
O crescimento econômico desacelerou no primeiro semestre de 2025 e ficou em torno de 1,3% ao ano, abaixo dos 2,5% registrados em 2024.
A fraqueza dos dados pode pressionar o Federal Reserve a cortar os juros em sua próxima reunião, o que deve baratear financiamentos e tentar reaquecer a economia.
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