O preço do café disparou nos Estados Unidos em agosto, marcando o maior aumento anual desde 1997.
A escalada está ligada ao tarifaço imposto pelo governo Trump sobre as importações, atingindo diretamente o Brasil, maior fornecedor do grão ao mercado estadunidense.
Segundo o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), os valores subiram 21% em comparação com o mesmo mês de 2024.
Na variação mensal, o aumento foi de 4%, o maior em 14 anos.
O impacto é sentido tanto por grandes redes quanto por cafeterias locais, que começam a repassar os custos ao consumidor.
🌍 Dependência externa e tarifas pesadas
Os EUA consomem quase todo o café vindo de fora, já que não possuem clima para produção em larga escala.
O Brasil, responsável por abastecer grande parte do mercado local, agora enfrenta tarifas de 50%, uma das mais altas aplicadas pelo país.
A Colômbia também foi atingida, com tarifa de 10%, enquanto o Vietnã está sujeito a 20%.
Para Diane Swonk, economista-chefe da KPMG, o efeito ainda não foi totalmente repassado.
De acordo com a CNN, ela prevê que os preços ultrapassarão novos recordes à medida que as tarifas sobre o Brasil forem absorvidas pelo varejo.
🏪 Como as empresas estão reagindo
Marcas tradicionais já anunciaram ajustes.
A JM Smucker’s, dona das marcas Folgers e Café Bustelo, comunicou que fará o terceiro aumento de preços ainda neste ano.
Cafeterias independentes também estão criando alternativas. A rede “French Truck Coffee”, de Nova Orleans, por exemplo, adicionou um encargo extra de 4% aos pedidos.
A Starbucks, por outro lado, mantém os preços por enquanto. Executivos da empresa disseram em julho que sua estratégia de compra de grãos reduz o impacto imediato, mas que os custos devem atingir o pico em 2026.
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