O analista holandês Michael van de Poppe acredita que o mercado de criptomoedas está entrando em uma nova fase. Para o trader, a ideia de ciclos previsíveis baseados no halving do Bitcoin (BTC) é enganosa e nunca passou de coincidência com fatores econômicos externos.
Durante sua participação no evento Crypto Conquest 2025 em Amsterdã, Van de Poppe apontou que o momento atual exige mais atenção ao cenário macro e à liquidez do que a narrativas históricas. Ele afirma que existe uma desconexão gritante entre o sentimento de mercado e o que está sendo construído por grandes instituições.
📉 Preço não acompanha o que está sendo feito
Nos bastidores, gigantes financeiras estão apostando alto em soluções blockchain. Mesmo assim, o pessimismo prevalece entre os investidores. Van de Poppe relatou que esteve na SmartCon, em Nova York, onde viu o avanço institucional de perto. Segundo o analista, quem ignora esse movimento está perdendo a verdadeira leitura do mercado.
Mesmo com seu portfólio de altcoins desvalorizado, Van de Poppe segue publicando atualizações e reforça que transparência e paciência são os pilares da estratégia. Ele não acredita em previsões mirabolantes e alerta que exageros nos retornos prometidos provam alto risco, não competência.
📈 Expectativa de retomada no fim do ano
Van de Poppe aposta que o mercado pode se recuperar nas próximas semanas. Entre os fatores que sustentam sua visão estão o fim do shutdown do governo dos Estados Unidos, o encerramento da política de aperto monetário em dezembro e a possibilidade de cortes de juros. O trader pensa que o caminho até 2026 será marcado por um novo ciclo, sem relação com padrões do passado.
Para o investidor, o famoso ciclo de quatro anos é apenas uma coincidência histórica. O que realmente influencia o mercado é o fluxo de liquidez e a política econômica global. Quem foca apenas no calendário do halving, em sua visão, ignora os sinais mais relevantes.
Fundos, risco e consistência
Van de Poppe gere dois fundos diferentes. Um focado em investimentos de longo prazo e outro voltado para operações líquidas e aproveitamento da volatilidade. A meta é superar o desempenho do bitcoin, mantendo o foco em retorno ajustado ao risco. Ele prefere ganhos mensais estáveis entre 3 e 8 por cento em vez de apostas agressivas que colocam todo o capital em risco.
Além disso, o especialista critica fundos que prometem 40% de retorno trimestral. Para alcançar esse patamar, o risco assumido é tão alto que basta uma perda pontual de 20% para comprometer toda a estratégia.
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