Crimes relacionados a criptomoedas na Coreia do Sul podem resultar em prisão perpétua

Crimes relacionados a criptomoedas na Coreia do Sul podem resultar em prisão perpétua
Canva IA

A Coreia do Sul anunciou a pena de prisão perpétua para aqueles que acumularem mais de US$ 4 milhões em fraudes relacionadas a criptomoedas. A regulamentação faz parte da nova Lei de Proteção aos Usuários de Ativos Virtuais, sancionada em julho de 2024.

O projeto foi impulsionado por casos como o de Do Kwon, fundador da plataforma de criptomoedas Terraform Labs, cujos tokens TerraUSD e LUNA colapsaram em maio de 2022, resultando em um prejuízo de US$ 40 bilhões para os investidores e marcando o início do “inverno cripto”. Outro caso que chamou atenção no mesmo ano foi o colapso da exchange FTX, cujos impactos globais aceleraram a criação de novas regulamentações.

A nova lei também prevê multas de até cinco vezes o valor obtido ilegalmente, além de sentenças de até um ano de prisão para delitos menores.

Segundo Lee Bok-hyun, diretor do Serviço de Supervisão Financeira da Coreia do Sul, o governo está comprometido em aplicar a lei com rigor, adotando uma postura de “tolerância zero” para qualquer transação suspeita no mercado cripto.

Entre as medidas impostas pela nova legislação está a exigência de que provedores de serviços de ativos digitais mantenham, no mínimo, 80% dos fundos dos clientes em armazenamento a frio, para oferecer mais segurança contra hackers e ataques cibernéticos. Também será necessário que essas empresas criem fundos de reserva para cobrir possíveis danos causados por falhas de segurança.

No entanto, o endurecimento das regras tem levado criminosos a adotar medidas extremas para escapar das autoridades. Para exemplificar, um criminoso sul-coreano, acusado de operar uma mineradora ilegal de criptomoedas, gastou US$ 16 mil em cirurgias plásticas para alterar sua aparência, além de usar perucas para tentar despistar a polícia.

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