Os credores da FTX estão passando por mais um momento difícil com a divulgação de documentos de falência revisados, que indicam que eles podem recuperar apenas uma fração de seus ativos em criptomoedas.
Sunil Kavuri, um dos credores da plataforma falida, disse que as indenizações serão baseadas nos preços de criptos no dia do pedido de falência, quando o preço do bitcoin (BTC) era US$ 16.000. Atualmente, a criptomoeda primária é cotada acima da marca de US$ 65.000.
Com razão, Kavuri expressou sua indignação, destacando que muitos credores estão sofrendo graves consequências emocionais em decorrência do colapso da exchange.
“Os detentores de criptomoedas não estão sendo totalmente compensados com base nos preços do pedido de falência. Isso foi confirmado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos e pelo juiz Kaplan. Muitos clientes da FTX ainda estão lidando com crises de ansiedade, divórcios e até pensamentos suicidas devido à perda de suas economias”, afirmou.
As reações entre os credores foram negativas, com muitos expressando a sensação de que o processo de falência não oferece a proteção adequada aos investidores, considerando o colapso da FTX um verdadeiro golpe.
Reguladores também estão de olho
As objeções ao plano de reorganização da plataforma cripto não são exclusivas de Kavuri e seus apoiadores. Em agosto de 2024, um administrador de falências nos Estados Unidos levantou preocupações sobre as proteções legais concedidas aos administradores do processo, afirmando que elas eram uma anomalia em casos semelhantes.
O administrador Andrew Vara destacou que as imunidades superam em muito as proteções que normalmente são oferecidas a profissionais do setor, cuja remuneração e emprego estão sujeitos à aprovação do tribunal.
Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos sinalizou que pode contestar o plano de reorganização da FTX se a exchange optar por reembolsar os clientes utilizando pagamentos em stablecoins.
