Francisley Valdevino da Silva, conhecido como o “Sheik dos Bitcoins”, foi sentenciado a 56 anos, 4 meses e 10 dias de reclusão pela Justiça Federal. Ele foi acusado de liderar uma organização criminosa que, por meio de fraudes envolvendo criptomoedas, enganou milhares de investidores.
O empresário foi responsabilizado por crimes como gestão fraudulenta de instituições financeiras e apropriação indevida de recursos. Além de Francisley, outras cinco pessoas foram condenadas, com penas que variam de 11 a 48 anos.
A defesa do Sheik dos Bitcoins anunciou que irá recorrer da decisão, alegando que a sentença foi influenciada por preconceitos.
As investigações começaram após a Interpol informar à Polícia Federal sobre empresas ligadas a Francisley, que eram investigadas nos Estados Unidos por fraudes de grande magnitude.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os membros do esquema atraíam investidores com promessas de retornos de até 2,8% ao dia, utilizando depoimentos falsos de pessoas que alegavam ter enriquecido com os investimentos.
Os fundos recebidos eram desviados para contas pessoais dos criminosos, que usavam os recursos para sustentar um estilo de vida luxuoso e adquirir bens como imóveis e veículos de alto valor. Apenas nos Estados Unidos, o prejuízo estimado para as vítimas alcançou R$ 30 milhões, enquanto no Brasil, o total movimentado pelo grupo é de R$ 4 bilhões.
Entre as vítimas estão celebridades como Sasha Meneghel, que investiu R$ 1,2 milhão sem obter qualquer retorno. Alguns jogadores de futebol também foram lesados, embora seus nomes não tenham sido divulgados.
Francisley foi preso em 2022 e posteriormente liberado, mas retornou à prisão em agosto de 2024 por violar medidas cautelares. A Justiça decidiu manter sua detenção devido ao risco de continuidade das atividades ilícitas.
