O analista de mercado Dennis Gartman, presidente da University of Akron Foundation, compartilhou sua visão cética sobre o Bitcoin (BTC), após a criptomoeda ter tido um excelente desempenho em 2024.
Em entrevista à Bloomberg, Gartman disse estar surpreendido com a valorização do Bitcoin, mas destacou que ainda prefere o ouro como uma reserva de valor que, em sua visão, é mais confiável e duradoura.
“É inegável que o Bitcoin é um ativo raro, mas ainda prefiro um investimento testado por séculos a algo que existe há poucos meses”.
O BTC acumula uma alta de 140% no ano, superando de longe os 30% de ganhos registrados pelo ouro.
Mesmo assim, Gartman permanece cético quanto ao futuro da criptomoeda. O analista comentou sobre o respeito que o BTC conquistou no mercado, mas o comparou a bolhas especulativas históricas, como a mania das tulipas no século XVII e o boom das empresas de tecnologia nos anos 1990.
Ouro digital?
Sobre o argumento de que o Bitcoin é o “ouro digital” devido à sua oferta limitada, Gartman também disse não estar convencido. Em sua análise, a proliferação de outras criptomoedas dilui o apelo de escassez que originalmente sustentava o ativo.
“O mercado está inundado por novas criptomoedas, o que diminui o valor de escassez que o Bitcoin já teve”.
Em contrapartida, Gartman defendeu o papel histórico do ouro como reserva de valor e meio de troca, mencionando sua longa trajetória como um dos pilares do sistema financeiro.
“O ouro tem sido usado como dinheiro por milhares de anos e continuará desempenhando esse papel por muito mais tempo”.
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