O governo de El Salvador anunciou que irá ajustar suas políticas relacionadas ao Bitcoin (BTC) como parte de um acordo de empréstimo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), no valor de US$ 1,4 bilhão.
O acordo foi formalizado em 18 de dezembro e faz parte de um Programa de Facilidades Estendidas (EFF), com duração de 40 meses, visando apoiar reformas econômicas no país.
Para garantir o financiamento, El Salvador se comprometeu a melhorar o saldo primário em 3,5% do PIB ao longo de três anos, o que deverá contribuir para a redução da relação da dívida pública em relação ao PIB, que pode atingir seu pico de 85% em 2024.
Mudanças no trato com BTC
A partir do novo acordo, a aceitação do Bitcoin por empresas privadas passará a ser voluntária, em vez de obrigatória, como ocorria desde a legalização da criptomoeda no país.
O setor público também deverá reduzir sua participação em atividades econômicas relacionadas ao BTC, e os pagamentos de impostos só serão aceitos em dólares americanos.
A adoção do Chivo, carteira digital lançada em 2021, também deverá ser gradualmente descontinuada, pois a plataforma tem apresentado uma queda no uso e na adesão desde seu lançamento.
No entanto, apesar dessas alterações, El Salvador permanece comprometido com a aquisição de BTC.
O escritório Nacional de Bitcoin (ONBTC) informou que o país continuará comprando uma unidade da criptomoeda por dia, estratégia iniciada pelo presidente Nayib Bukele em novembro de 2022.
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