O julgamento de Do Kwon, fundador da Terraform Labs, teve sua data de início adiada para 26 de janeiro de 2026.
Em 2 de janeiro deste ano, foi informado que o empresário compareceria perante o Tribunal Distrital dos EUA, na cidade de Nova York, diante do juiz Robert W. Lehrburger.
Naquele dia, uma acusação suplementar contra Kwon foi assinada pelo juiz John P. Cronan, que determinou que o documento fosse disponibilizado publicamente às 9 horas do horário local.
No entanto, o material só foi divulgado perto do meio-dia, pouco antes da primeira audiência de Kwon, que se declarou inocente e foi mantido sob custódia.
O processo foi atribuído ao juiz Paul A. Engelmayer, e, em 6 de janeiro, foi solicitado à Procuradoria dos EUA uma notificação sobre as vítimas do caso.
Após uma conferência realizada em 8 de janeiro, foi marcada a nova data do julgamento para 26 de janeiro do próximo ano, com o juiz do caso aconselhando negociações de confissão de culpa.
Mas por que um prazo tão longo?
Os advogados de defesa de Kwon solicitaram ao tribunal um prazo de pelo menos um ano para se preparar adequadamente para o caso, citando problemas legais adicionais enfrentados pelo investigado fora dos Estados Unidos.
Engelmayer, ao analisar o pedido, destacou que a marcação de um julgamento tão distante da conferência inicial era algo “sem precedentes” em sua experiência, mas aceitou a solicitação.
Segundo o governo dos EUA, há um volume de seis terabytes de evidências propostas para análise no processo, que contam com dados de quatro celulares de Kwon apreendidos na prisão de Montenegro, contas em redes sociais e outras informações privadas, muitas das quais precisam ser traduzidas e descriptografadas.
A promotoria ainda apontou que parte dessa evidência pode ter sido coletada sem a devida autorização judicial e que chaves criptográficas aparentemente sumiram.
O advogado de acusação, Lenow, mencionou que o julgamento pode durar até seis semanas, sendo quatro delas dedicadas à apresentação de provas pela acusação, de forma semelhante ao julgamento de Sam Bankman-Fried, fundador da FTX, que começou quase dez meses após a conferência inicial.
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