Uma contadora da Malásia foi vítima de um golpe de investimentos em bitcoin (BTC), perdendo RM460,888, equivalente a meio milhão de ringgits malaios.
A denúncia aponta que a mulher foi atraída por promessas de altos retornos financeiros em um esquema que, à primeira vista, parecia confiável.
Entenda o golpe
Segundo o chefe de polícia local, Mohd Sohaimi Ishak, a contadora descobriu o golpe após meses de envolvimento com uma plataforma chamada PFOU, que ela encontrou através de anúncios no Facebook.
Convencida pelos materiais publicitários e por indivíduos que explicavam o funcionamento do investimento em um grupo virtual, ela decidiu entrar para o esquema em julho de 2024.
Após deliberações, a decisão final de investir aconteceu em dezembro, período em que a vítima já planejava sua aposentadoria.
Para participar do esquema, a mulher foi orientada a baixar um aplicativo chamado UVKXE, onde poderia acompanhar seus investimentos e supostos lucros em tempo real.
Entre 30 de dezembro e 16 de janeiro, ela realizou três transferências bancárias para duas contas diferentes, totalizando a quantia mencionada.
Falsos lucros
No aplicativo, ela via números crescerem com seus investimentos “gerando” um lucro de 1,219,907 USDT, equivalente a RM5,5 milhões.
No entanto, a fraude ficou evidente quando ela tentou retirar os supostos lucros. Os golpistas exigiram que a mulher pagasse uma taxa de gerenciamento de RM550,152 para liberar os fundos. Desconfiada, a vítima recusou e procurou a polícia para relatar o ocorrido.
E agora?
As autoridades classificaram o caso sob a Seção 420 do Código Penal Malaio, que trata de crimes de fraude.
Se os culpados forem identificados e condenados, poderão enfrentar até 10 anos de prisão, multas e punições corporais.
Além disso, a investigação abrange a identificação de contas bancárias usadas pelos golpistas, conhecidas como “money mule accounts”.
Para os envolvidos nessas práticas, a legislação prevê penas de até sete anos de prisão e multas que podem chegar a RM100,000.