A empresa de custódia e segurança de ativos digitais BitGo anunciou uma mudança em suas operações com o Wrapped Bitcoin (WBTC).
Em parceria com a BiT Global, afiliada ao ecossistema TRON, a BitGo transferirá todas as atividades relacionadas ao WBTC para uma nova plataforma de custódia multijurisdicional.
Segundo comunicado oficial, a transição será concluída em um período de 60 dias, sem interrupções no serviço. Já a custódia das reservas de Bitcoin que respaldam o WBTC será dividida entre Hong Kong, Singapura e os Estados Unidos.
No entanto, a decisão não foi muito bem recebida pela comunidade cripto. A MakerDAO, por exemplo, recomendou a remoção do WBTC de seu sistema caso as novas integrações com a BiT Global não atendam aos padrões de segurança exigidos.
A comunidade do protocolo DeFi já aprovou a análise de risco da BA Labs, e a votação final sobre as restrições ao WBTC acontece nesta segunda-feira.
O grande problema
Um dos pontos levantados como negativo foi a entrada de Justin Sun no cenário do WBTC por meio da BiT Global, devido às controvérsias envolvendo o empresário na indústria blockchain.
Com isso, Sun veio a público destacar que não houve alterações no funcionamento do WBTC desde sua criação. O processo de cunhagem, segundo ele, continua sob gestão exclusiva dos custodiantes BitGo e BitGlobal, seguindo os mesmos protocolos de segurança.
Além disso, o executivo fez questão de desmentir qualquer tipo de controle pessoal sobre as reservas do WBTC.
“Meu envolvimento no WBTC é estritamente estratégico. Não tenho acesso às chaves privadas que gerenciam as reservas de Bitcoin e, portanto, não posso movimentar esses fundos”, garantiu.
Sun sinalizou ainda sua intenção de aumentar a transparência sobre sua participação em diferentes projetos.
“Pretendo detalhar meu nível de envolvimento em cada iniciativa para que todos compreendam melhor minha atuação”, concluiu.
Imagem destaque: Coinfomania