Crises e economia global
Acontecimentos econômicos globais e também crises que não podem ser previstas, interferem negativamente os mercados tradicionais e também o mundo cripto. Um exemplo evidente é a pandemia que ocorreu no início de 2020, ou a guerra na Ucrânia, envolvendo a Rússia e consequentemente os Estados Unidos.
Nos acontecimentos mencionados, o Bitcoin apresentou uma forte queda, que também espelhou os movimentos em inúmeras altcoins no mercado. Mas as vezes, acontecimentos que podem não envolver todos os países, podem afetar o mercado. Neste artigo, vamos explorar quais são os verdadeiros impactos da Rússia na economia cripto e o porque o país ainda pode influenciar mercados emergentes.
Rússia x Ucrânia: uma guerra sem fim

Além da pandemia, podemos observar que, mesmo em pleno 2024, ainda existem guerras no mundo. O exemplo da Rússia x Ucrânia foi algo que abalou o mundo. Situações como a miséria e as fugas em massa de imigrantes ucranianos sensibilizaram inúmeras pessoas.
No entanto, o impacto dessa guerra está longe de acabar e também está sendo sentido nos mercados financeiros. No universo cripto, isso se manifestou em grandes correções quando o conflito começou, no início de 2022. Atualmente, a guerra permanece, e em alguns momentos, temores fazem os mercados oscilar novamente.
Em agosto de 2024, o conflito entre Rússia e Ucrânia continua com grandes confrontos ocorrendo nos dois territórios. Relatos recentes indicam avanços das forças russas em áreas-chave, capturando várias vilas e cidades, o que forçou a Ucrânia a replanejar suas defesas.
A verdadeira relação entre cripto e a guerra
Em momentos de vulnerabilidade, o sistema financeiro pode não funcionar como deveria. Um exemplo claro é o que ocorreu na Ucrânia. Inúmeras pessoas não podiam utilizar os serviços bancários, o que levou à desvalorização da moeda local e a economia pode colapsar. É nesses momentos que os países recorrem às criptomoedas.
A Ucrânia utilizou doações em Bitcoin e altcoins para financiar suas necessidades militares e serviços básicos, como saúde e alimentos, captando milhões de dólares através desses ativos. Já na perspectiva da Rússia, um país que antes tinha grande resistência ao uso de criptomoedas, agora avança na regulamentação.
Atualmente, esse país enfrenta grandes restrições e pressões do Ocidente, especialmente dos EUA. Após sofrer sanções internacionais, a Rússia optou por autorizar o uso de criptoativos para facilitar pagamentos internacionais para empresas russas.
O que se percebe com esses movimentos dos dois países é um estado de emergência crítico e urgente. As restrições da Rússia, assim como o colapso na economia nacional da Ucrânia, mostram que as criptomoedas foram utilizadas em situações extremas, onde já não havia outra alternativa. Isso não deveria ser o caso, já que países como El Salvador, por exemplo, utilizaram o Bitcoin muito antes de qualquer situação potencialmente perigosa, como as citadas anteriormente. Cripto é uma forma de potencializar uma economia, assim como inúmeros países vêm fazendo ao longo da história.
Rússia: o que ainda pode influenciar o mercado?

Como citado anteriormente, a guerra não acabou. As sanções ocidentais ainda existem e a Ucrânia está longe de se recuperar. O poder que essa guerra tem no mercado de criptomoedas ainda pode perdurar por anos. Mesmo se a guerra acabar, será necessário reerguer um sistema financeiro inteiro para que o país, como a Ucrânia, volte a funcionar.
A Rússia e também a Ucrânia com certeza ainda vão influenciar o mercado, já que países em crise tendem a trocar a moeda local pelo Bitcoin, por exemplo. Fato que pode acontecer nos próximos anos e, com certeza, será positivo para o mercado de criptomoedas como um todo.
Ao longo da história, quando países ou políticos se posicionam a favor do mercado de criptomoedas, a repercussão tende a ser positiva, principalmente quando esses países ou políticos representam grandes nações como Rússia ou Estados Unidos. Acontecimentos como guerras afetam o sistema econômico tradicional, que, em sua natureza, já vive de crise em crise. As criptomoedas podem se tornar um fator de transformação e decisão positiva para países que as observarem antes de grandes catástrofes acontecerem.