A exchange de criptomoedas sul-coreana Upbit recebeu uma suspensão parcial de três meses imposta pelas autoridades reguladoras do país.
A medida restringe a transferência de ativos por novos usuários e veio como resultado de falhas no cumprimento de normas financeiras, com transações com empresas não registradas e deficiências nos processos de verificação de clientes.
De acordo com os reguladores, a Upbit permitiu operações com plataformas de ativos digitais que não possuem registro formal e não atendeu aos padrões exigidos para prevenir lavagem de dinheiro.
Como consequência, entre 7 de março e 6 de junho de 2025, usuários recém-cadastrados não poderão transferir criptomoedas. No entanto, aqueles que já possuem contas na plataforma continuarão negociando normalmente.
Em resposta à sanção, a empresa afirmou que reforçará suas práticas de conformidade para atender às exigências regulatórias.
“Reconhecemos os esforços das autoridades para fortalecer os sistemas de combate à lavagem de dinheiro e melhorar a conformidade no meio cripto. Estamos tomando medidas para evitar futuras infrações”, declarou a Upbit em comunicado oficial.
Upbit na mira dos reguladores
Há cinco meses, a plataforma cripto já havia sido alvo de uma investigação antitruste, que analisava se a empresa adotava práticas monopolistas no mercado de criptomoedas.
Além disso, um mês atrás, a exchange enfrentou outra suspensão temporária devido a um grande volume de infrações relacionadas à verificação de identidade, totalizando 700 mil violações. Essas falhas somam-se a um relatório anterior que já havia identificado 600 mil problemas semelhantes.
Atualmente, a Coreia do Sul é um país aberto ao bitcoin e às altcoins. Para exemplificar, 30% da população já investe nesse mercado. Assim, as autoridades têm buscado reforçar o controle sobre a indústria blockchain para garantir maior transparência e segurança para os investidores.
Enquanto isso, a Upbit continua sendo a líder do mercado sul-coreano. Inclusive, há dois anos, a plataforma superou as exchanges globais Coinbase e OKX em volume de negociações. A empresa também tem buscado se adaptar às novas exigências, sendo a primeira plataforma cripto sul-coreana a publicar um relatório de transparência conforme a Lei de Proteção ao Usuário de Ativos Virtuais, há sete meses.
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