Para ajudar no combate ao Alzheimer, uma das doenças neurodegenerativas mais desafiadoras da atualidade, pesquisadores do Oxford Drug Discovery Institute (ODDI), no Reino Unido, estão utilizando tecnologias avançadas para acelerar a descoberta de novos medicamentos, reduzindo drasticamente o tempo necessário para analisar grandes volumes de dados científicos.
De acordo com o Época Negócios, o uso de IA tem proporcionado avanços na triagem de informações biomédicas, permitindo que os cientistas processem dados até dez vezes mais rápido do que com métodos tradicionais. Um dos pilares dessa inovação são os chamados gráficos de conhecimento, sistemas que interligam dados de diferentes fontes, como genes, proteínas e publicações científicas. Essa abordagem facilita a identificação de padrões e potenciais alvos terapêuticos de maneira eficiente.
Inspirados em soluções empregadas pelo Google, os gráficos de conhecimento permitem que pesquisadores visualizem conexões que antes poderiam passar despercebidas. No caso do ODDI, a instituição contou com a parceria da Graphwise, empresa especializada no desenvolvimento dessa tecnologia.
Um exemplo prático da abordagem foi a análise de 54 genes relacionados ao sistema imunológico, identificados por meio de estudos de associação genômica ampla (GWAS). Com o auxílio da IA, os pesquisadores conseguiram priorizar quais genes deveriam avançar para pesquisas laboratoriais mais detalhadas, otimizando tempo e recursos.
Apesar do potencial da inteligência artificial, essa tecnologia ainda é um suporte à pesquisa científica, e não um substituto do trabalho experimental. Os dados processados pela IA precisam ser validados em testes laboratoriais e ensaios clínicos rigorosos antes de se tornarem opções terapêuticas viáveis.
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