Crédito do Trabalhador movimenta R$ 1,28 bilhão em sua primeira semana

Crédito do Trabalhador movimenta R$ 1,28 bilhão em sua primeira semana
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O Crédito do Trabalhador, novo modelo de empréstimo consignado voltado para profissionais com carteira assinada, já registrou um alto volume de contratações em sua primeira semana de funcionamento.

Segundo dados da Dataprev repassados ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram firmados 193.744 contratos desde o início da operação, totalizando R$ 1,28 bilhão em empréstimos concedidos.

O programa, que entrou em vigor na sexta-feira (21), recebeu um alto número de solicitações: 11,6 milhões de propostas foram enviadas por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. O valor médio contratado foi de R$ 6.623,48, com parcelas de R$ 347,23 distribuídas, em média, ao longo de 19 meses.

Alerta para decisões financeiras conscientes

O ministro em exercício do Trabalho, Francisco Macena, destacou a forte adesão dos trabalhadores ao crédito, mas alertou para a importância de uma decisão financeira bem planejada. Assim, ele recomenda que os interessados avaliem com calma as condições do empréstimo e aguardem a ampliação das ofertas por parte das instituições financeiras.

“A grande procura demonstra a necessidade de crédito entre os trabalhadores. No entanto, é essencial que os empréstimos sejam contratados com consciência, comparando propostas e escolhendo a melhor opção disponível”, afirmou o ministro.

Expansão do acesso ao crédito consignado

O Crédito do Trabalhador foi criado a partir da Medida Provisória nº 1.292 e aumenta o acesso ao crédito consignado para 47 milhões de trabalhadores formais, empregados domésticos, trabalhadores rurais e funcionários de MEIs.

A contratação ocorre exclusivamente pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, que encaminha os dados do trabalhador (nome, CPF, salário e tempo de empresa) para bancos e instituições financeiras credenciadas pelo governo. As ofertas são disponibilizadas em até 24 horas, permitindo que o trabalhador escolha a mais vantajosa.

Regras de pagamento e garantias

As parcelas do empréstimo são descontadas diretamente na folha de pagamento, respeitando a margem consignável de até 35% do salário. Em caso de demissão, o trabalhador pode utilizar até 10% do saldo do FGTS ou 100% da multa rescisória como garantia, sendo o valor remanescente transferido para um novo vínculo empregatício.

Os trabalhadores que contratarem o crédito têm um prazo de até 7 dias corridos após o recebimento do valor para solicitar o cancelamento e devolver o dinheiro à instituição financeira.

Portabilidade e novas opções a partir de abril

A partir de 25 de abril, também será possível migrar para uma proposta mais vantajosa, mesmo após a contratação inicial. Além disso, quem já possui um empréstimo consignado através do Crédito do Trabalhador poderá transferi-lo para o novo modelo do programa, aproveitando melhores condições.

Na mesma data, todas as instituições financeiras interessadas poderão disponibilizar essa linha de crédito também por meio de seus canais digitais. Já a portabilidade de crédito será liberada a partir de junho de 2025.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o crédito consignado para trabalhadores do setor privado já contabiliza 3,8 milhões de contratos e um volume de R$ 40 bilhões. O governo federal estima que, nos próximos quatro anos, cerca de 25 milhões de trabalhadores terão acesso ao Crédito do Trabalhador, impulsionando a inclusão financeira com taxas de juros reduzidas.

Fonte: G1

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