As bolsas da Ásia iniciaram a semana em forte queda. O impacto mais severo foi observado no mercado chinês, que sofreu seu maior recuo diário desde a crise financeira global de 2008.
O índice Hang Seng, de Hong Kong, afundou 12,8%, caindo para 19.910 pontos após perder 2.100 pontos nas primeiras horas de negociação desta segunda-feira (7). A queda afetou particularmente o setor bancário, com ações como HSBC e Standard Chartered despencando 15%.
Na China continental, o índice CSI300, que reúne as ações mais valiosas das bolsas de Xangai e Shenzhen, teve queda superior a 7%, com investidores se desfazendo de papéis de empresas de energia solar e eletrodomésticos. A moeda chinesa também sentiu o impacto, atingindo seu menor valor frente ao dólar desde janeiro, sendo negociada a 7,31 por unidade.
Gigantes do setor de tecnologia também foram atingidas. As ações da Alibaba e Tencent recuaram mais de 8%, acompanhadas por Xiaomi e Taiwan Semiconductor, que tiveram perdas próximas a 10%. A Foxconn, fornecedora da Apple, seguiu o mesmo caminho e registrou queda semelhante.
O movimento do mercado veio como resultado de uma nova rodada de tarifas impostas pelos Estados Unidos na semana passada, que elevaram as taxas sobre produtos chineses para mais de 50%. Pequim respondeu com medidas similares na sexta-feira (4), aplicando tarifas de 34% sobre exportações estadunidenses.
A reação negativa nos mercados foi impulsionada pela percepção de que a resposta do governo chinês poderia desencadear uma nova fase de retaliações. Para Qi Wang, diretor de investimentos da UOB Kay Hian, o ambiente tende a continuar volátil enquanto persistirem as incertezas sobre as próximas ações dos dois países.
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