Apesar de administrar uma das maiores posições institucionais em criptomoedas — com US$ 48 bilhões em bitcoin (BTC) e US$ 2 bilhões em Ethereum (ETH) —, a BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, não vê as criptos como uma alternativa segura neste momento.
A avaliação foi feita por Jean Boivin, responsável pelo Instituto de Investimentos da gestora, em comunicado enviado aos clientes. De acordo com ele, o cenário global está instável, e as tensões comerciais, somadas a uma aversão ao risco, têm provocado fortes ondas de venda nos mercados.
A piora no sentimento dos investidores foi intensificada após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar novos aumentos tarifários sobre importações. A notícia caiu como uma bomba no mercado financeiro: ações e criptomoedas despencaram, investidores correram para ativos considerados mais seguros e a volatilidade se espalhou.
Em resposta, a BlackRock reduziu sua exposição a ações norte-americanas, passando de uma posição de “sobrepeso” para “neutra”. Além disso, a empresa elevou sua alocação em títulos do Tesouro dos EUA de curto prazo.
Mesmo com o bitcoin sendo negociado acima dos US$ 76 mil, a BlackRock tem evitado citar criptomoedas como opção viável para a preservação de capital. Em vez disso, a recomendação é focar em instrumentos de renda fixa de curto prazo, deixando de lado ativos mais voláteis.
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