A morte do papa Francisco mobilizou fiéis ao redor do mundo, além de ter agitado o universo das apostas digitais. Na plataforma descentralizada Polymarket, especializada em mercados de previsão, a pergunta “Quem será o próximo papa?” já soma US$ 4 milhões (mais de R$ 23 milhões) em apostas — número que não para de crescer desde o falecimento do pontífice, ocorrido na manhã da última segunda-feira (21).
A movimentação na plataforma havia começado discretamente ainda em fevereiro, quando Francisco passou por internações médicas.
Pietro Parolin lidera as apostas
Entre os nomes mais cotados para ocupar o trono de São Pedro está o cardeal Pietro Parolin, atual Secretário de Estado do Vaticano. Considerado uma figura importante na cúpula da Igreja e chamado por muitos de “vice-papa” pela influência que exerce, Parolin aparece com 31% de probabilidade nas apostas.
Com experiência diplomática, ele se destacou nas últimas décadas por mediar diálogos sensíveis entre a Santa Sé e governos como os de Israel, Vietnã e Palestina. Sua reputação de conciliador e profundo conhecedor das engrenagens da Igreja o coloca como favorito entre os especuladores.
Outros nomes fortes são o cardeal filipino Luis Antonio Tagle (24%), visto como representante de um perfil mais global e próximo dos pobres, e Matteo Zuppi (12%), arcebispo de Bolonha, conhecido por seu engajamento em causas sociais e diálogo inter-religioso.
Outra questão popular na plataforma é sobre o continente de origem do próximo pontífice — tema que já movimentou sozinho US$ 882 mil (R$ 5 milhões). Europa e Ásia lideram as apostas, com destaque para a Itália e Filipinas.
Ranking dos mais apostados até agora
• Pietro Parolin (Itália) – 31%
• Luis Antonio Tagle (Filipinas) – 24%
• Matteo Zuppi (Itália) – 12%
• Péter Erdő (Hungria) – 9%
• Peter Turkson (Gana) – 8%
• Pierbattista Pizzaballa (Itália) – 4%
• Robert Sarah (Guiné) – 3%
• Raymond Burke (EUA) – 1%
• Jean-Marc Aveline (França) – 1%
• Mario Grech (Malta) – 1%
• Fridolin Ambongo Besungu (Congo) – 1%
• Jose Tolentino de Mendonça (Portugal) – 1%
