China acusa EUA de usar tarifas como instrumento de intimidação econômica em sessão da ONU

China acusa EUA de usar tarifas como instrumento de intimidação econômica em sessão da ONU
GROK

Durante uma sessão informal do Conselho de Segurança das Nações Unidas em Nova York, a China acusou os Estados Unidos de utilizarem tarifas comerciais como uma forma de coerção econômica.

O embaixador chinês na ONU, Fu Cong, afirmou que Washington tem se escondido por trás de termos como “reciprocidade” e “justiça” para reescrever as regras do comércio internacional a seu favor. Segundo ele, os Estados Unidos estariam promovendo uma lógica de jogo de soma zero, prejudicando a ordem econômica global em nome de interesses próprios.

Fu declarou ainda que Pequim adotou medidas firmes em resposta ao que considera abusos tarifários por parte dos EUA. Para o diplomata, a política econômica estadunidense prioriza o hegemonismo e ignora o bem comum.

A China também levou à reunião Wang Huiyao, fundador do Centro para China e Globalização, think tank alinhado ao governo de Pequim, que classificou as tarifas adotadas durante o governo Trump como uma guerra comercial contra o mundo inteiro.

A resposta dos EUA

Um porta-voz do Departamento de Estado classificou a reunião como uma perda de tempo para os membros do Conselho e acusou a China de usar organismos multilaterais para promover seus próprios interesses econômicos, políticos e de segurança. 

Segundo ele, enquanto defende abertamente os mercados livres, Pequim pratica dumping, viola direitos de propriedade intelectual e mantém políticas comerciais desleais, ao mesmo tempo em que insiste em se apresentar como país em desenvolvimento.

O senador Rick Scott, da Flórida, foi ainda mais direto. Chamou as acusações da China de absurdas e defendeu o corte imediato do financiamento dos Estados Unidos à ONU, que classificou como uma entidade antiamericana.

Já Hugh Dugan, que atuou como diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional durante o governo Trump, destacou que a maioria dos países afetados pela política tarifária norte-americana — com exceção de Canadá e China — tem buscado diálogo construtivo com Washington. 

Dugan criticou a postura do Partido Comunista Chinês, acusando-o de explorar sua própria população com subsídios e baixos salários, além de se beneficiar da apropriação indevida de tecnologia estrangeira.

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