De acordo com o estudo Value in Moon da consultoria PwC, a inteligência artificial (IA) poderá acrescentar até 13 pontos percentuais ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil na próxima década. Em escala global, o impacto pode chegar a 15 pontos percentuais, comparável à Revolução Industrial do século 19.
O levantamento destaca uma reconfiguração da economia mundial, impulsionada por uma pressão para que empresas de diversos setores se reinventem. Em 17 dos 22 setores analisados, essa pressão está no patamar mais alto dos últimos 25 anos. A consultoria calcula que, apenas em 2025, US$ 7,1 trilhões em receitas possam ser redistribuídos entre empresas ao redor do mundo. No Brasil, esse valor é estimado em US$ 130 bilhões, equivalente a R$ 715 bilhões.
No entanto, o estudo aponta que esse crescimento depende de uma adoção responsável da IA. Para que os ganhos se concretizem, é importante que as organizações implementem sistemas com governança clara e que conquistem a confiança da sociedade. Caso contrário, o potencial de crescimento pode ser drasticamente reduzido.
Segundo o relatório, em um cenário com baixa confiança e ausência de colaboração, o impacto positivo da IA no PIB global cairia para apenas 1 ponto percentual. Um cenário intermediário, com confiança limitada e colaboração reduzida, elevaria esse número para 8 pontos. No Brasil, os impactos seriam de 0,6% e 6,5%, respectivamente.
A PwC também aponta desafios que merecem a atenção, como o aumento no consumo de energia decorrente do uso da IA. Contudo, o estudo destaca que, se bem aplicada, a tecnologia também pode ser uma aliada na busca por maior eficiência energética, ajudando a mitigar esse efeito colateral.
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