Como a África utiliza criptomoedas, para se recuperar da exploração européia

A Europa permanece sendo um destino incrível para viagens, polo de negócios e também de inovação. Inúmeros turistas visitam diariamente monumentos históricos como a torre Eiffel ou o antigo muro de Berlim. Ao longo dos anos, a Europa cresceu economicamente e se estabeleceu como um continente majoritariamente desenvolvido. No entanto, ao longo de sua história, muito do que foi conquistado na Europa foi com base da exploração de países em desenvolvimento, além de acordos que pouco beneficiaram esses países explorados.

Um exemplo claro foi o que ocorreu na África, continente que sofre as consequências até hoje dessa exploração. Inúmeros países que passaram por situações extremas como a Ucrânia, utilizaram as criptomoedas como uma forma de reerguer a economia e não é diferente na África. Neste artigo, vamos explicar como o continente africano tem utilizado as criptomoedas como uma forma de reerguer a Economia.

A exploração Européia no continente Africano

Fonte: www.arionaurocartuns.com.br

É importante ressaltar que, durante a exploração na África, alguns acontecimentos marcaram fortemente a evolução econômica do continente, como o massacre realizado pela Bélgica no Estado do Congo em 1904. Esse período foi marcado por atrocidades e abusos graves contra a população do país africano para a produção do chocolate belga. Enquanto a Bélgica crescia como nação, o Congo empobrecia.

Além disso, outros países africanos são marcados pelo trabalho forçado, exploração de riquezas e pobreza. O continente africano paga as contas até hoje por essa terrível série de acontecimentos. Ao todo, são 54 países que compõem o continente africano, e somente 2 deles não sofreram exploração europeia.

A adoção cripto está ajudando a áfrica

Volume transacional separado por regiões — Foto: Chainalysis

Após o cenário de exploração anteriormente mencionado, alguns países africanos viram nas criptomoedas uma forma de se recuperar e expandir o crescimento econômico. Dados recentes do portal Exame explicaram que o Índice Global de Adoção de Criptomoedas revelou que a Nigéria ficou em segundo lugar na adoção de criptoativos no mundo, atrás apenas da Índia. Em 2016, a Nigéria enfrentou duas recessões causadas pela Covid-19 e pelas crises nos preços do petróleo, sendo um país que, anteriormente, também sofreu consequências terríveis da exploração europeia.

Atualmente, a Nigéria facilitou suas remessas internacionais, pois, através das criptomoedas, a população consegue enviar dinheiro para o exterior com baixas taxas. Além disso, houve inclusão financeira, já que inúmeros nigerianos não tinham acesso a serviços bancários tradicionais e hoje alguns podem utilizar serviços de criptoativos como moeda de troca.

Outro fator importante que ajudou foi a proteção contra a inflação, considerando que o país enfrenta uma alta taxa inflacionária. O exemplo da Nigéria se replica em inúmeros países da África, como Quênia, África do Sul, Gana e Zimbábue, que também tiveram melhoras ao enfrentar problemas semelhantes, até decidirem utilizar criptomoedas como proteção de capital e inclusão financeira.

Qual o futuro da África com o uso de criptoativos?

Apesar da melhora citada anteriormente, estamos longe do ideal para a população africana. Existe muito espaço para melhorias; afinal, foram anos e anos passando por inúmeras explorações advindas da Europa. No entanto, o futuro da África pode ser promissor, caso eles consigam manter a adoção crescente de criptoativos.

Algumas empresas que já operam na África, como a Yellow Card (projeto que facilita as transações e a inclusão financeira na África) ou a Celo (projeto blockchain que visa proporcionar um ecossistema acessível a qualquer pessoa com celular), trouxeram inúmeras oportunidades para que essa situação possa, aos poucos, ser superada. Temos um longo caminho pela frente, mas, com certeza, as criptomoedas abriram uma janela de oportunidades para a população africana.

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