Meta quer usar stablecoins para pagar criadores no Instagram

Meta quer usar stablecoins para pagar criadores no Instagram
Imagem destaque: ChatGPT

Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, voltou a estudar iniciativas ligadas ao universo das criptomoedas. Segundo o Fortune Crypto, a companhia está em fase inicial de negociações com empresas da indústria blockchain para implementar o uso de stablecoins em pagamentos, principalmente em soluções para transferências internacionais de baixo custo.

Dentro da Meta, a liderança das novas investidas cripto está sob responsabilidade de Ginger Baker, ex-executiva da fintech Plaid e atual vice-presidente de produto da empresa. Ela também faz parte do conselho da Stellar Development Foundation, instituição que apoia a layer 1 Stellar.

As conversas entre a Meta e empresas de infraestrutura blockchain têm se concentrado em como as stablecoins podem facilitar pagamentos para criadores de conteúdo no Instagram, com foco em regiões com barreiras bancárias. A proposta é viabilizar repasses de valores de US$ 100 com menor custo, evitando taxas bancárias elevadas.

Atualmente, a empresa está em “modo exploratório” e não tem preferência definida por uma stablecoin específica, mas a Circle, emissora do USDC, estaria envolvida nas conversas.

De volta ao jogo

A movimentação marca o retorno da Meta ao ecossistema cripto após o fracasso do projeto Libra, anunciado em 2019 como uma stablecoin global que buscava democratizar os pagamentos digitais e reduzir a dependência de sistemas bancários tradicionais.

A proposta original previa uma moeda digital estável, lastreada por uma cesta de moedas fiduciárias, e administrada por um consórcio independente chamado Libra Association, que contava com o apoio da Uber, Spotify e PayPal.

No entanto, o projeto enfrentou forte oposição política e regulatória desde seu anúncio, sendo criticado por ameaçar a soberania monetária de países, facilitar lavagem de dinheiro e levantar preocupações com privacidade e governança.

Diante da pressão de governos e reguladores, os parceiros abandonaram a associação, forçando a Meta a rebatizar a iniciativa como Diem em uma tentativa de reposicionamento.

Mesmo com ajustes no escopo e estrutura, o Diem não conseguiu a aprovação necessária para ser lançado e acabou sendo descontinuado em 2022. Seus ativos foram vendidos para o banco Silvergate, e a Meta encerrou oficialmente sua primeira incursão no mercado de criptomoedas.

Vale lembrar que, após o encerramento do Diem, diversos ex-funcionários da Meta fundaram suas próprias startups cripto. Para exemplificar, David Marcus criou a Lightspark, focada em pagamentos via bitcoin (BTC). Também merecem destaque os fundadores das blockchains Aptos (Mo Shaikh) e Sui (Evan Cheng), que utilizam a linguagem de programação Move, desenvolvida pela própria Meta em suas criações.

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