Em um galpão nos arredores de Xangai, dezenas de robôs humanoides dobram camisetas, preparam sanduíches e abrem portas repetidamente por 17 horas diárias. O objetivo é treinar máquinas inteligentes que, no futuro, poderão transformar a forma como vivemos e trabalhamos.
A startup chinesa AgiBot quer que seus robôs se tornem onipresentes e até capazes de se montar sozinhos em fábricas. O projeto chamou atenção até do presidente Xi Jinping, que visitou a empresa e brincou que os robôs poderiam formar um time de futebol.
O avanço chinês combina hardware ágil — com robôs já capazes de dar cambalhotas e correr maratonas — com softwares de inteligência artificial sofisticados, apoiados pela DeepSeek e subsídios generosos do governo.
Em 2024, o investimento público no setor saltou de 4,7 milhões para 214 milhões de yuans, com planos para um fundo de 1 trilhão de yuans (cerca de R$ 760 bilhões).
A expectativa é que os custos de produção desses robôs humanoides, hoje na casa dos US$ 35 mil, caiam para US$ 17 mil até 2030, impulsionando a adoção em massa — como já aconteceu com os carros elétricos.
Leia mais: Mulher encerra casamento de 12 anos após ChatGPT afirmar que marido a trai