O Banco Central do Brasil (BC) e o Banco Popular da China (PBoC) assinaram nesta terça-feira (13), em Pequim, um acordo de swap cambial para fornecer mais liquidez ao mercado financeiro em momentos de necessidade, permitindo maior estabilidade econômica em situações de estresse.
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, e o presidente do PBoC, Pan Gongsheng, são os responsáveis pela assinatura do documento. De acordo com a resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), o montante máximo das operações será de até R$ 157 bilhões, com validade de cinco anos.
O mecanismo funcionará da seguinte forma: o Banco Popular da China receberá reais e creditará o valor correspondente, em dólares, em uma conta especial no Banco Central brasileiro. A movimentação desses recursos obedecerá rigorosamente às condições estipuladas pelo acordo. Para garantir o equilíbrio econômico e financeiro, serão consideradas variáveis como as taxas de câmbio das moedas envolvidas, os juros praticados e os prêmios de risco soberanos.
Em nota, o BC informou que pretende levar esse modelo para outras parcerias internacionais. O Banco Popular da China, por exemplo, já firmou 40 acordos de swap com Canadá, Chile, África do Sul, Japão, Reino Unido, além do Banco Central Europeu.
O Brasil também possui um acordo semelhante com o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. Conhecido como FIMA (Foreign and International Monetary Authorities Repo Facility), esse mecanismo permite ao BC brasileiro acessar dólares oferecendo títulos públicos em troca.
Leia mais: Brasil e China negociam construção de ferrovias com foco no Nordeste