Warren Buffett decidiu se desfazer completamente de sua participação no banco digital Nubank. A operação rendeu à Berkshire Hathaway, sua empresa de investimentos, um lucro de US$ 250 milhões após a venda progressiva das ações da Nu Holdings ao longo dos últimos trimestres.
De acordo com documentos enviados à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), a Berkshire vendeu sua posição remanescente no Nubank no primeiro trimestre de 2025.
Além de encerrar sua posição no banco digital, a empresa se desfez de ações do Citigroup e reduziu sua exposição ao Bank of America, somando US$ 2,1 bilhões em vendas de ativos bancários tradicionais. Com isso, a Berkshire aumentou suas reservas de caixa para US$ 347,8 bilhões, com grande parte aplicada em títulos do Tesouro americano de curto prazo.
O que motivou essa decisão?
O ponto que mais chama atenção é que a saída do Nubank não teve relação com seu desempenho financeiro. Pelo contrário: o banco vive atualmente sua melhor fase desde que abriu capital.
No primeiro trimestre de 2025, reportou um lucro líquido de US$ 557,2 milhões, alta de 47% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os lucros ajustados subiram 37%, e o resultado anual de 2024 foi de US$ 1,97 bilhão, aumento de 91% frente a 2023.
O Nubank é atualmente um dos bancos digitais mais ativos no mercado de criptomoedas no Brasil. Através de seu aplicativo, a instituição oferece negociação de bitcoin, Ethereum, XRP e outras moedas digitais. Em 2022, destinou 1% de seus ativos líquidos ao BTC, o que expôs indiretamente Buffett a um ativo que ele já criticou publicamente diversas vezes.
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