Jesus Cristo ou bitcoin a US$ 1 milhão: qual milagre chega primeiro?

Jesus Cristo ou bitcoin a US$ 1 milhão: qual milagre chega primeiro?
Imagem destaque: ChatGPT

Por algum motivo que só o espírito (ou o algoritmo) entende, a humanidade resolveu colocar lado a lado duas das maiores promessas da história: o retorno de Jesus Cristo e o bitcoin (BTC) a um milhão de dólares. Ambas, curiosamente, cotadas com 3% de chance na Polymarket, o mercado de previsões mais honesto (e sarcástico) que a civilização moderna conseguiu parir.

Sim, você leu certo. Para os apostadores anônimos que movimentam milhões de dólares nesse cassino descentralizado de fé e finanças, é igualmente improvável que o Filho de Deus retorne até o fim de 2025 ou que o bitcoin atinja sete dígitos. Milagres e to the moon agora dividem o mesmo gráfico de volatilidade.

O Juízo Final do Capital

No gráfico sombrio com fundo azul petróleo, a pergunta “Will Jesus Christ return in 2025?” ou ” Jesus Cristo retornará em 2025?” aparece com um ícone sacralizado de Cristo, uma vela de 3% e US$ 350 mil em volume apostado. Não se sabe se é fé, ironia ou desesperança existencial que move essas apostas, mas uma coisa é certa: nunca foi tão rentável especular sobre o Apocalipse.

No entanto, a lógica é impiedosa. Se Jesus realmente voltar, e o arrebatamento acontecer como prometem os pentecostais, quem apostou que Ele voltaria será levado junto — e não terá tempo de fazer login para sacar os lucros. Se continuar na Terra para receber o prêmio… bem, aí talvez devesse ter apostado no “não”.

Paradoxo de Schrödinger com Bíblia em uma mão e metamask na outra.

O Messias Digital

Enquanto isso, o bitcoin — o messias financeiro de uma geração que não crê em deuses, mas em blockchains — é tratado com o mesmo ceticismo místico. Os US$ 1.000.000 em 2025 recebem a mesma porcentagem de fé: 3%. Uma coincidência estatística ou uma ironia matemática divina?

O mercado acredita piamente em algo mais modesto: US$ 110.000 a US$ 130.000, com mais de 80% de probabilidade combinada. Ou seja, o mundo cripto espera uma ressurreição, sim, mas não uma ascensão aos céus. Só um bom bull market já está de bom tamanho.

O que dizem os profetas (ou traders)?

Os volumes investidos não mentem: US$ 9,6 milhões estão alocados na previsão dos preços de bitcoin, sendo US$ 1,7 milhão apenas na faixa de US$ 110.000.

Já Jesus, mesmo com toda Sua glória celestial, movimenta US$ 350 mil em apostas. No novo evangelho dos derivativos, a fé tem cotação — e está desvalorizada.

Moral do Mercado

A era moderna trocou os pergaminhos sagrados por contratos inteligentes. As profecias agora são líquidas, voláteis e negociadas em centavos. Mas talvez a grande lição dessa comparação improvável seja simples:

Se o retorno de Cristo e a hiper valorização do bitcoin estão no mesmo patamar estatístico, talvez estejamos todos apostando — literalmente — na coisa errada.

Ou, como diria um apóstolo do DeFi:

“Bem-aventurados os que compraram na baixa, pois deles será o Reino da valorização.”

Amém — e DYOR.

Deixe seu comentário: