Um novo tipo de golpe com criptomoedas tem preocupado as autoridades chinesas: trata-se do chamado “剁币” ou “cortar moeda”, prática em que golpistas recebem os ativos digitais e, em seguida, alegam não tê-los recebido, recusando-se a pagar pela transação acordada.
O caso mais recente foi solucionado pela Polícia do distrito de Qingshan, em Wuhan, que conseguiu recuperar o prejuízo de 20 mil iuanes (R$ 15,7 milhões) de um cidadão local.
Em abril, Sr. Liu (nome fictício) buscava uma forma de converter suas criptomoedas em dinheiro físico.
Ao entrar em contato com dois homens que se apresentaram como especialistas nesse tipo de operação, identificados como Ye e Li, Liu concordou em realizar uma transação presencial.
Golpistas negam recebimento após transferência
O encontro ocorreu no distrito de Qingshan, onde Liu transferiu os ativos digitais para a carteira especificada pelos golpistas, que por sua vez deveriam pagar 20 mil iuanes em dinheiro.
Após a confirmação da transação de criptomoedas, Ye e Li alegaram não terem recebido os fundos e se recusaram a efetuar o pagamento.
Polícia usa perícia técnica para comprovar fraude
A discussão levou todas as partes à delegacia do bairro Hongwei, onde o caso passou a ser investigado pela unidade de cibersegurança da divisão policial local.
Com base em análises técnicas, os agentes confirmaram que os ativos haviam sido transferidos para a conta especificada.
Apesar das tentativas dos suspeitos de manipular a situação utilizando jargões legais e conhecimentos do setor para confundir a investigação, a experiência da equipe em crimes com criptomoedas permitiu identificar a fraude.
Diante das evidências de um golpe, os dois acabaram confessando o crime e foram detidos por suspeita de estelionato.
A quantia foi integralmente restituída ao Sr. Liu, que fez questão de retornar à delegacia em maio para agradecer pessoalmente os policiais, levando uma faixa de agradecimento como símbolo de sua gratidão.
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