Conhecimento sobre criptomoedas cresce em Singapura, mas número de investidores cai

Conhecimento sobre criptomoedas cresce em Singapura, mas número de investidores cai
Imagem destaque: ChagtGPT

Uma nova pesquisa divulgada pela exchange licenciada Independent Reserve apontou que o conhecimento sobre criptomoedas em Singapura atingiu um patamar recorde, com 94% da população entrevistada afirmando estar familiarizada com pelo menos um ativo digital. No entanto, o número de pessoas que de fato investem caiu de 40% em 2024 para 29% neste ano.

O estudo, realizado em fevereiro com 1.500 entrevistados, marca a quinta edição consecutiva do levantamento anual que analisa o grau de conhecimento, adoção e confiança dos cingapurianos em criptomoedas. A queda na taxa de adoção, segundo os pesquisadores, pode ser resultado da maior conscientização sobre riscos do mercado e a volatilidade global.

Apesar da retração no número de investidores ativos, a demanda de longo prazo permanece. Dos entrevistados que já possuem criptomoedas, 53% planejam aumentar suas participações nos próximos 12 meses. Entre os que ainda não investem, 17% demonstraram intenção de ingressar no mercado.

A predominância de investidores masculinos ainda é alta, com 35% dos homens investindo em cripto, ante 24% das mulheres. Outro destaque é a presença das gerações Y e X (25 a 54 anos), que agora representam 71% do total de investidores, frente aos 61% do ano anterior.

O bitcoin (BTC) segue como a cripto mais popular e confiável: 68% dos investidores o detêm, enquanto 86% o classificam como moeda, reserva de valor ou ferramenta de investimento. O otimismo em relação ao seu futuro também persiste: 23% dos entrevistados acreditam que o BTC ultrapassará US$ 250.000 até 2030.

Embora o mercado tenha se diversificado, 61% dos investidores ainda preferem a custódia direta de criptomoedas a produtos financeiros como ETFs. Práticas de venda durante picos de valorização também foram comuns: 67% dos entrevistados relataram ter vendido parte ou a totalidade de seus ativos no último ano para garantir lucros.

Stablecoins e memecoins ganham espaço

O relatório aponta o aumento do uso de stablecoins, com 46% dos investidores mantendo esses ativos em carteira para transações e uso em finanças descentralizadas (DeFi). As stablecoins atreladas ao dólar são as mais comuns, presentes nas carteiras de 83% dos detentores desse tipo de ativo.

A pesquisa também destacou que 28% dos investidores possuem ao menos uma memecoin, sendo o Dogecoin (DOGE) a mais popular.

Quase 70% dos investidores adotam uma estratégia de aportes mensais fixos, com a maioria investindo valores inferiores a 500 yuans por mês.

Regulação ainda gera dúvidas

Mesmo com os avanços regulatórios promovidos pela Autoridade Monetária de Singapura (MAS), como a introdução de normas específicas para stablecoins e o endurecimento das regras de licenciamento para serviços de ativos digitais, a comunicação ainda é vista como insuficiente.

A  Independent Reserve informou que 58% dos entrevistados pedem por diretrizes mais claras por parte do governo, enquanto 47% desejam que os participantes do mercado ajam com mais responsabilidade.

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